Como recentes estudos vêm incriminando diversas espécies de anofelinos como trasnmissores da malária na Amazônia brasileira além do Anopheles darlingi, realizamos um estudo sobre esse grupo de mosquitos em quatro localidades - Ariquemes, Cujubim, Machadinho e Itapoã do Oeste - no Estado de Rondônia, o mais malarígeno do país. Vinte espécies foram achadas. An. darlingi foi, de longe, a predominante e a única cuja densidade coincidiu com a da malária. Sugando iscas humanas, esse mosquito mostrou-se mais numeroso na imediata vizinhança das casas que em seu interior, onde, entretanto, foi quase a única espécie encontrada. Em ambas as situações picava principalmente ao crepúsculo vespertino e durante a primeira metade da noite, sendo menos freqüente longe das casas e escasso na floresta. Outras espécies, como An. triannulatus, An. evansae, An. albirarsis e An. strodei foram capturadas em números apreciáveis, somente em Ariquemes, em áreas com e sem malária, porém as demais mostraram-se raras. O An. darlingi foi confirmado como transmissor primário na área.
espécies de anofelinos; hábitos; relação com a malária; Estado de Rondônia; Amazônia brasileira