Acessibilidade / Reportar erro

Lymnaea rupestris sp. n. from Southern Brazil (Pulmonata: Lymnaeidae)

É descrita uma nova espécie de limneídeo sul-americano, Lymnaea rupestris. Até agora só foi encontrada na sua localidade-tipo, Nova Teutônia, distrito do município de Seara (27° 07'S, 52° 17'W), Santa Catarina, Brasil. Distingue-se, pelos caracteres da concha e dos órgãos internos, das outras duas espécies conhecidas na área - Lymnaea columella e L. viatrix. A concha de L. rupestris tem 4 giros subangulosos, sutura profunda, abertura ovóide ou arredondada ocupando cerca de metade do comprimento da concha, e atinge cerca de 6mm de comprimento nos adultos; em columella e viatrix a concha tem 4-5 giros arredondados, sutura rasa, e atinge mais de 10 mm nos adultos; a abertura é ovóide,ocupando cerca de metade do comprimento da concha em viatrix, cerca de dois terços em columella. Anatomicamente é fácil distingui-la de L. columella pela forma do ureter, reto em rupestris, com dupla flexão em columella. Comparada com L. viatrix apresenta as seguintes diferenças principais: porção mais distal do oviduto com baixa protuberância lateral em forma de barrete em rupestris, com uma bolsa bem desenvolvida em viatrix; útero dobrado abruptamente na direção caudal em rupestris, apenas ligeiramente curvado para a direita em viatrix; metade basal do canal da espermateca oculta pela próstata em rupestris, inteiramente ou quase inteiramente visível em viatrix; espermiduto sinuoso e de largura uniforme em rupestris, reto e estreitando-se gradualmente em viatrix; próstata com mais de metade do comprimento e quase da mesma largura da glândula nidamental, e com luz simples em forma de fenda em corte transversal em rupesris, com menos de metade do comprimento e muito mais estreita que a glândula nidamental, e com uma prega da parede projetando-se na luz em corte transversal em viatrix; bainha do pênis mais ou menos do mesmo comprimento e da mesma largura que o prepúcio em rupestris, mais curta e mais estreita que o prepúcio em viatrix. Importante característica ecológica de L. rupestris é seu habitat em rochedos muito úmidos, localizados mais freqüentemente fora das coleções hídricas porém contíguos a elas. Foram depositados exemplares nas seguintes coleções malacológicas: Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro; Academy of Natural Sciences, Philadelphia; Museum of Zoology, University of Michigan; British Museum (Natural History).


Instituto Oswaldo Cruz, Ministério da Saúde Av. Brasil, 4365 - Pavilhão Mourisco, Manguinhos, 21040-900 Rio de Janeiro RJ Brazil, Tel.: (55 21) 2562-1222, Fax: (55 21) 2562 1220 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: memorias@fiocruz.br