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Efeitos de inseticidas usados na cultura do algodoeiro sobre Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae)

Effects of insecticides used on cotton crop on Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae)

Resumos

Avaliou-se a ação fisiológica de triclorfom, triflumurom, endosulfam, fempropatrina, clorpirifós, tebufenozide e esfenvalerato em larvas de 2º ínstar de Chrysoperla externa (Hagen) e seus efeitos subseqüentes sobre o 3º ínstar, pupas e adultos. Os experimentos foram realizados em casa de vegetação, avaliando-se o efeito de contato dos inseticidas em larvas de 2º ínstar, mantidas em algodoeiros pulverizados, e o efeito sobre larvas nesse estádio que se alimentaram de ovos de Anagasta kuehniella (Zeller) tratados com inseticidas. Foi avaliada a sobrevivência dos indivíduos no 2º e 3º ínstares e na fase de pupa. Na fase adulta, verificou-se a produção diária e total de ovos durante 30 dias e a viabilidade e fertilidade dos ovos. Endosulfam, tebufenozide e esfenvalerato foram seletivos às larvas de 2º ínstar tanto por contato como pela sucção do conteúdo de ovos tratados. Para larvas de 3º ínstar, esses inseticidas não foram prejudiciais, assim como o triflumuron. A sobrevivência de pupas oriundas de larvas de 2º ínstar tratadas com fempropatrina e tebufenozide não foi afetada. Triclorfom, fempropatrina e tebufenozide não provocaram redução no número total de ovos produzidos pelas fêmeas provenientes de larvas alimentadas com ovos tratados. Esfenvalerato, por contato, não reduziu significativamente a produção total de ovos. Por se apresentar seletivo às larvas de 2º ínstar de C. externa, tebufenozide apresenta características favoráveis para uso em associação com liberações inundativas do predador para o controle de pragas na cultura do algodoeiro, embora tenha afetado sua capacidade reprodutiva.

Seletividade; crisopídeo; agrotóxico


The physiological action of the insecticides trichlorfon, triflumuron, endosulfan, fenpropathrin, chlorpiryfos, tebufenozide and esfenvalerate to 2nd-instar larvae of Chrysoperla externa (Hagen) and subsequent effects on 3rd-instar larvae, pupae and adults were evaluated. The bioassays were carried out under greenhouse conditions. The effect on larvae fed on eggs of Anagasta kuehniella (Zeller) treated with the insecticides was evaluated, as well as the contact effect on 2nd-instar larvae kept on sprayed cotton plants. The survival percentage of individuals in the second- and 3rd-instar and in the pupae stage was determined. For adults, the daily and total production of eggs during 30 days, the viability and the fertility of eggs were evaluated. Endosulfan, tebufenozide and esfenvalerate were selective to 2nd-instar larvae by contact on sprayed plants as well as by suction of treated eggs. For 3rd-instar larvae, neither endosulfan, tebufenozide, esfenvalerate nor triflumuron were harmful. The survival of pupae from treated 2nd-instar larvae with fenpropathrin and tebufenozide was not affected. Trichlorfon, fenpropathrin and tebufenozide caused no reduction in the total number of eggs produced by females derived from 2nd-instar larvae fed with treated eggs of A. kuehniella. Females originated from larvae that kept contact with sprayed cotton plants with esfenvalerate, had no significant reduction in the total egg production. Although tebufenozide affected the reproductive traits of C. externa, it can be recommended for controlling the pests on cotton crop in association with inundative releases of this predator.

Selectivity; green lacewing; pesticide


CROP PROTECTION

Efeitos de inseticidas usados na cultura do algodoeiro sobre Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae)

Effects of insecticides used on cotton crop on Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae)

Geraldo A. Carvalho; Denilson Bezerra; Brígida Souza; César F. Carvalho

Depto. Entomologia, Universidade Federal de Lavras, C. postal 37, 37200-000 Lavras, MG

RESUMO

Avaliou-se a ação fisiológica de triclorfom, triflumurom, endosulfam, fempropatrina, clorpirifós, tebufenozide e esfenvalerato em larvas de 2º ínstar de Chrysoperla externa (Hagen) e seus efeitos subseqüentes sobre o 3º ínstar, pupas e adultos. Os experimentos foram realizados em casa de vegetação, avaliando-se o efeito de contato dos inseticidas em larvas de 2º ínstar, mantidas em algodoeiros pulverizados, e o efeito sobre larvas nesse estádio que se alimentaram de ovos de Anagasta kuehniella (Zeller) tratados com inseticidas. Foi avaliada a sobrevivência dos indivíduos no 2º e 3º ínstares e na fase de pupa. Na fase adulta, verificou-se a produção diária e total de ovos durante 30 dias e a viabilidade e fertilidade dos ovos. Endosulfam, tebufenozide e esfenvalerato foram seletivos às larvas de 2º ínstar tanto por contato como pela sucção do conteúdo de ovos tratados. Para larvas de 3º ínstar, esses inseticidas não foram prejudiciais, assim como o triflumuron. A sobrevivência de pupas oriundas de larvas de 2º ínstar tratadas com fempropatrina e tebufenozide não foi afetada. Triclorfom, fempropatrina e tebufenozide não provocaram redução no número total de ovos produzidos pelas fêmeas provenientes de larvas alimentadas com ovos tratados. Esfenvalerato, por contato, não reduziu significativamente a produção total de ovos. Por se apresentar seletivo às larvas de 2º ínstar de C. externa, tebufenozide apresenta características favoráveis para uso em associação com liberações inundativas do predador para o controle de pragas na cultura do algodoeiro, embora tenha afetado sua capacidade reprodutiva.

Palavras-chave: Seletividade, crisopídeo, agrotóxico

ABSTRACT

The physiological action of the insecticides trichlorfon, triflumuron, endosulfan, fenpropathrin, chlorpiryfos, tebufenozide and esfenvalerate to 2nd-instar larvae of Chrysoperla externa (Hagen) and subsequent effects on 3rd-instar larvae, pupae and adults were evaluated. The bioassays were carried out under greenhouse conditions. The effect on larvae fed on eggs of Anagasta kuehniella (Zeller) treated with the insecticides was evaluated, as well as the contact effect on 2nd-instar larvae kept on sprayed cotton plants. The survival percentage of individuals in the second- and 3rd-instar and in the pupae stage was determined. For adults, the daily and total production of eggs during 30 days, the viability and the fertility of eggs were evaluated. Endosulfan, tebufenozide and esfenvalerate were selective to 2nd-instar larvae by contact on sprayed plants as well as by suction of treated eggs. For 3rd-instar larvae, neither endosulfan, tebufenozide, esfenvalerate nor triflumuron were harmful. The survival of pupae from treated 2nd-instar larvae with fenpropathrin and tebufenozide was not affected. Trichlorfon, fenpropathrin and tebufenozide caused no reduction in the total number of eggs produced by females derived from 2nd-instar larvae fed with treated eggs of A. kuehniella. Females originated from larvae that kept contact with sprayed cotton plants with esfenvalerate, had no significant reduction in the total egg production. Although tebufenozide affected the reproductive traits of C. externa, it can be recommended for controlling the pests on cotton crop in association with inundative releases of this predator.

Key words: Selectivity, green lacewing, pesticide

Os crisopídeos são predadores de ocorrência natural na cultura do algodoeiro. No Brasil, larvas de Chrysoperla externa (Hagen) foram encontradas predando lagartas de primeiro ínstar de Alabama argillacea (Hübner) em condições de campo (Gravena & Cunha 1991). De acordo com Nuñez (1988), esse crisopídeo foi encontrado alimentando-se de ovos e lagartas de Heliothis virescens (Fabricius) em campos de algodão no Peru. Ehler & van den Bosh (1974) relataram que Chrysoperla carnea (Stephens) foi observada alimentando-se de ovos do noctuídeo Trichoplusia ni (Hübner) em campos de algodoeiro na California, EUA. Liao et al. (1985) verificaram que larvas de Chrysopa sp. e coccinelídeos foram os grupos mais abundantes em cultivos na região central do Texas, EUA. As espécies C. carnea, Chrysoperla rufilabris (Burmeister) e Chrysoperla sinica (Tjeder) foram observadas predando Helicoverpa zea (Boddie), H. virescens, mosca-branca e pulgões, em algodoeiro, em diversos países (Freitas & Fernandes 1996).

A preservação de crisopídeos na cultura algodoeira deve ser considerada ao se estabelecer um programa de manejo de pragas. Isso dependerá da compatibilidade com os outros métodos de controle, especialmente aqueles relacionados ao uso de inseticidas. A utilização de produtos seletivos é uma ferramenta útil na preservação de populações de inimigos naturais. Dessa forma, a fim de gerar subsídios para o manejo integrado de pragas na cultura algodoeira e considerando a importância de C. externa como organismo regulador de populações de artrópodes-praga, objetivou-se estudar a seletividade fisiológica de alguns inseticidas registrados para o controle de A. argillacea a esse crisopídeo.

Material e Métodos

Larvas de C. externa recém-eclodidas (geração F3), oriundas de criação em laboratório, foram individualizadas em tubos de vidro de 2,5 cm de diâmetro x 8,5 cm de altura, alimentadas ad libitum com ovos de Anagasta kuehniella (Zeller) e mantidas até o 2º ínstar em câmaras climatizadas a 25 ± 2ºC, UR 70 ± 10% e fotofase de 12h para serem empregadas nos ensaios. O 2º estádio de desenvolvimento do predador, além de ser de fácil manuseio, pois as larvas já estão com maior volume corporal, é caracterizado pela menor duração em relação aos demais ínstares (Maia et al. 2000). Na execução dos experimentos foram utilizados algodoeiros da cultivar IAC 22, com 30 dias de idade, cultivados em vasos plásticos com capacidade para 3 L e mantidos em casa de vegetação.

Efeito dos Inseticidas em Larvas de 2º Ínstar Alimentadas com Ovos Tratados. Ovos de A. kuehniellaforam colocados sobre tecido fino e mergulhados nas caldas químicas preparadas com os inseticidas (Tabela 1), utilizando-se água destilada como testemunha. Após cinco segundos de exposição, os ovos foram transferidos para placas de Petri de 10 cm de diâmetro. Em seguida, cerca de 1000 ovos foram colados com goma arábica diluída a 50% em água, em cartelas de cartolina branca de 2 cm x 1 cm. As cartelas foram afixadas nos terços superior, médio e inferior de algodoeiros, na proporção de três por planta, para que os ovos pudessem ser utilizados como alimento para larvas de 2º ínstar de C. externa. As larvas com aproximadamente 48h após ecdise, foram liberadas no terço superior, em número de três por planta, logo após a distribuição das cartelas.

Para impedir a fuga das larvas, as plantas foram protegidas por uma gaiola confeccionada com uma garrafa plástica transparente com volume de 2 L. Foi removida a extremidade superior de cada recipiente, ajustando-se, na abertura, um disco de isopor com um orifício central de diâmetro suficiente para permitir o perfeito encaixe ao caule da planta. A partir desse orifício, foi feito um corte até a borda do disco para que esse pudesse ser adaptado à planta. Visando maior aeração no interior das gaiolas, foi feita uma abertura lateral de 20 cm de comprimento x 10 cm de largura, vedada com tecido branco de malha fina. Cada planta foi confinada em um desses recipientes, dispondo-se o disco de isopor junto à superfície do solo.

Avaliou-se a sobrevivência após 6, 24, 48 e 96h das liberações. Ao final da última avaliação, as larvas sobreviventes, já no 3º ínstar, foram individualizadas em tubos de vidro de 2,5 cm de diâmetro x 8,5 cm de altura, vedados com filme plástico de polietileno. As larvas foram alimentadas ad libitum com ovos de A. kuehniella e mantidas em câmaras climatizadas, nas mesmas condições da criação em laboratório descritas anteriormente, onde permaneceram até a emergência dos adultos. Avaliou-se a porcentagem de sobrevivência de larvas no 3º ínstar e de pupas.

O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com oito tratamentos e dez repetições, sendo cada parcela constituída por uma planta com três larvas do predador.

Para avaliar o efeito dos produtos em adultos oriundos de larvas contaminadas, os insetos emergidos em cada tratamento foram separados por sexo, procedendo-se à formação de casais que foram acondicionados em uma mesma gaiola plástica de 20 cm de diâmetro x 15 cm de altura. Esses recipientes foram revestidos internamente com papel filtro branco e fechados na extremidade superior com filme plástico de polietileno, ficando apoiados sobre bandeja plástica forrada com papel toalha branco.

Os adultos foram mantidos nas mesmas condições ambientais descritas anteriormente e alimentados com levedo de cerveja e mel (1:1). Na parte superior e central da gaiola, o filme plástico foi perfurado para a inserção de um frasco de vidro de 5 ml contendo água e um pedaço de espuma sobre o qual o alimento foi pincelado conforme a metodologia descrita por Barbosa et al. (2002). Durante 30 dias a partir da primeira postura, verificou-se a capacidade diária e total de oviposição/fêmea, e a viabilidade e fertilidade dos ovos. Para o estudo desses dois últimos parâmetros, foram coletados cerca de 100 ovos por tratamento, em intervalos de três dias, individualizados em compartimentos de placas usadas em teste ELISA (Enzime Linked Immunosorbent Assay). Cada placa foi vedada com filme plástico de polietileno e mantida nas mesmas condições ambientais citadas anteriormente. Findo o período embrionário, foram feitas as avaliações da viabilidade e fertilidade da fase de ovo com base na percentagem de larvas eclodidas e na coloração dos ovos. Utilizou-se a classificação proposta por Hydorn & Whitcomb (1979), onde: ovos viáveis são aqueles dos quais eclodem larvas, e ovos inférteis, aqueles dos quais as larvas não eclodem e o córion permanece com coloração verde-clara.

Nessa fase, o delineamento experimental também foi inteiramente casualizado com oito tratamentos e as repetições constituídas por no mínimo cinco e no máximo oito casais por tratamento.

Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste F, e as médias comparadas pelo teste de Scott e Knott, a 5% de significância (Scott & Knott 1974).

Efeito de Contato dos Inseticidas em Larvas de 2º Ínstar. Algodoeiros foram pulverizados até o ponto de escorrimento com os inseticidas apresentados na Tabela 1 e com água destilada, utilizada como tratamento testemunha. Após a secagem, três cartelas de cartolina contendo, cada uma, cerca de 1000 ovos de A. kuehniella, foram afixadas nas partes superior, mediana e inferior de cada planta. Em seguida, foram liberadas, na parte superior de cada uma delas, três larvas de 2º ínstar de C. externa, com cerca de 48h após ecdise. O confinamento das larvas, bem como as avaliações foram realizadas de forma semelhante à descrita para o estudo do efeito dos compostos em larvas alimentadas com ovos tratados.

As avaliações relacionadas aos efeitos subseqüentes do contato de larvas de 2º ínstar com os inseticidas, sobre larvas de 3º ínstar, pupas e adultos, foram realizadas empregando-se a mesma metodologia descrita anteriormente.

Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste F, e as médias comparadas pelo teste de Scott e Knott, a 5% de significância (Scott & Knott 1974).

Resultados e Discussão

Efeitos dos Inseticidas em Larvas de 2º Ínstar. Quando ovos de A. kuehniella foram tratados com os inseticidas e fornecidos como alimento a larvas de 2º ínstar de C. externa, verificou-se que até 6h após a liberação, os produtos não apresentaram efeito tóxico para o predador (Tabela 2). Possivelmente, esse período não tenha sido longo o bastante para que causassem intoxicação ou as larvas não tenham tido tempo suficiente para encontrarem os ovos.

Após 24h e 48h das liberações, o inseticida clorpirifós afetou significativamente a sobrevivência do predador, correspondendo a 50% e 41,7%, respectivamente, enquanto os demais produtos proporcionaram sobrevivência média de 96,1% e 91,7%, respectivamente. Após 96h, clorpirifós foi altamente tóxico às larvas de C. externa, causando 100% de mortalidade, e triflumurom, 56,7%. Os efeitos de triclorfom, endosulfam, fempropatrina, tebufenozide e esfenvalerato foram semelhantes ao da testemunha, com sobrevivência de 90% a 97%. A baixa sobrevivência de larvas ocasionada por clorpirifós pode estar relacionada à habilidade de penetração do composto através do córion do ovo de A. kuehniella, uma vez que o predador insere suas peças bucais na presa e se alimenta do seu conteúdo. Outra hipótese que pode explicar a baixa sobrevivência provocada por esse produto é seu maior período residual em relação aos demais inseticidas testados.

O efeito tóxico do triflumurom foi evidenciado 96h após a liberação das larvas, fato ocorrido, possivelmente, devido à inibição da síntese de quitina por ocasião da mudança do ínstar do predador. Os demais produtos, independente do tempo de avaliação, foram seletivos para as larvas que se alimentaram de ovos de A. kuehniella tratados. Tebufenozide não afetou a sobrevivência das larvas provavelmente porque elas sugaram somente o conteúdo dos ovos, indicando baixa penetração do inseticida através do córion, ou o contato com os ovos tratados não tenha sido suficiente para causar intoxicação. Velloso et al. (1997) e Carvalho et al. (2002) verificaram mortalidade de 100% quando triflumurom foi pulverizado sobre larvas de 2º ínstar de C. externa. Bueno (2001) constatou elevada mortalidade de larvas desse crisopídeo tratadas com o inseticida lufenuron, pertencente ao mesmo grupo químico de triflumurom.

As larvas tratadas com triflumurom não conseguiram se libertar completamente da exúvia no momento da ecdise, permanecendo aderidas por meio do último segmento abdominal na superfície da folha do algodoeiro, onde, posteriormente, morreram. Este fato também foi observado por Yamamoto et al. (1992) e Carvalho et al. (1994), que investigaram o efeito de alguns inseticidas reguladores de crescimento sobre larvas de Ceraeochrysa cubana (Hagen).

Seis horas após a liberação das larvas sobre folhas de algodoeiros pulverizadas com o inseticida clorpirifós verificou-se somente 23,3% de sobrevivência, enquanto os demais tratamentos foram iguais à testemunha. Após 24h da aplicação, clorpirifós ocasionou a morte de todos os indivíduos, e triclorfom e fempropatrina acarretaram sobrevivência de 50% e 66,7%, respectivamente, diferindo do triflumurom, endosulfam, tebufenozide e esfenvalerato, que proporcionaram 96,7%; 90%; 96,7% e 100% de sobrevivência, respectivamente. Após 48h e 96h das liberações, triclorfom e fempropatrina afetaram negativamente a sobrevivência do predador quando comparados com os demais produtos avaliados, que atuaram de forma semelhante à testemunha (Tabela 3). Resultados obtidos para clorpirifós assemelham-se aos de Balasubramani & Swamiappan (1997), que verificaram alta toxicidade do produto em larvas de C. carnea, em condições de laboratório. Rajasekhar et al. (1999) e Carvalho et al. (2002) também evidenciaram efeito tóxico do triclorfom em larvas de C. carnea e C. externa, respectivamente. Entretanto, Lingren & Ridgway (1967), Hassan et al. (1987) e Toda & Kashio (1997) constataram seletividade desse produto para larvas de C. carnea.

Observou-se que larvas de C. externa, quando em contato com folhas de algodoeiros pulverizadas com triflumurom, apresentaram maior sobrevivência em relação àquelas alimentadas com ovos tratados com esse inseticida (Tabelas 2 e 3), uma vez que os compostos reguladores de crescimento agem basicamente por ingestão.

Utilizando os inseticidas reguladores de crescimento buprofezin e ciromazina, do mesmo grupo químico do tebufenozide, em pulverizações sobre placas de Petri, Velloso et al. (1997) observaram que larvas de C. externa apresentaram 100% de sobrevivência a esses produtos. A alta seletividade de buprofezin e ciromazina à fase larval de crisopídeos foi também observada por Gravena et al. (1992) e Yamamoto et al. (1992) para Chrysoperla sp., e por Ferreira et al. (1993) e Carvalho et al. (1994) para C. cubana. Os produtos triflumurom, diflubenzurom e flufenoxurom também foram classificados como seletivos para larvas de C. cubana, quando aplicados em folhas de citros (Carvalho et al. 1994).

Larvas de C. externa que entraram em contato com algodoeiros pulverizados com os piretróides fempropatrina e esfenvalerato apresentaram efeito de choque comum aos produtos desse grupo químico. Elas permaneceram agitadas por alguns minutos, movimentando-se sobre as folhas, o que foi seguido por um estado de paralisia caracterizado pela incapacidade de caminhar e movimentos lentos e descoordenados das pernas. Posteriormente, as larvas se recuperaram do efeito de choque e se movimentaram normalmente nas folhas de algodoeiro. Embora tenha causado efeito de choque, esfenvalerato foi seletivo às larvas de 2º ínstar de C. externa, não afetando a sobrevivência desse crisopídeo. Por outro lado, a fempropatrina causou mortalidade significativa no efeito de contato, o que também foi verificado por Carvalho et al. (2002) para essa mesma espécie de crisopídeo. Trabalhando com C. cubana,Ferreira et al. (1993), Moraes & Carvalho (1993), Souza et al. (1996) e Santa-Cecília et al. (1997) também constataram alta toxicidade de fempropatrina, quando em contato com larvas do crisopídeo.

Endosulfam foi seletivo às larvas de C. externa, porém esse resultado diverge daquele obtido por Carvalho et al. (2002), que observaram 100% de mortalidade de larvas dessa espécie, 3h após serem pulverizadas com esse produto em condições de casa de vegetação. Para esfenvalerato, esses autores verificaram sobrevivência próxima a 80%, 6h após a aplicação. A elevada sobrevivência de larvas de C. externa, constatada para endosulfam e esfenvalerato, provavelmente foi devida à menor penetração dos compostos através da cutícula. A capacidade de desintoxicação relativamente alta dessa espécie aos produtos piretróides poderá ter sido outro fator que tenha permitido maior seletividade do esfenvalerato às larvas, uma vez que todas exibiram o efeito de choque e recuperaram-se posteriormente. Grafton-Cardwell & Hoy (1985) relataram que a tolerância natural a piretróides, apresentada por larvas de C. carnea, está associada à alta atividade de enzimas esterases. Embora larvas dessa espécie tenham exibido tolerância natural aos piretróides, devido aos vários mecanismos de defesa, isso provavelmente não ocorreu em larvas de C. externa quando submetidas ao efeito de contato com fempropatrina. Essas evidências demonstram que, possivelmente, nem todas as espécies da família Chrysopidae apresentam mecanismos de defesa semelhantes aos verificados em larvas de C. carnea. A variabilidade de respostas de larvas de crisopídeos a inseticidas também pode ser devida à utilização de diferentes métodos de avaliação, variações ambientais e origem geográfica da espécie.

De modo geral, os resultados obtidos para os efeitos dos inseticidas em larvas alimentadas com ovos contaminados indicaram menor toxicidade do que por contato em plantas pulverizadas. Esse inseto, nessa fase de desenvolvimento, apresenta aparelho bucal do tipo sugador-mandibular, o que lhe permite sugar o conteúdo dos ovos sem, no entanto, consumir o córion. Desta forma, as larvas que ingeriram ovos de A. kuehniella tratados com inseticidas possivelmente absorveram menor quantidade do composto em relação àquelas que tiveram contato com algodoeiros pulverizados, as quais ficaram mais expostas aos produtos utilizados desde a sua liberação.

Efeitos dos Inseticidas em Larvas de 3º Ínstar e em Pupas Provenientes de Larvas Tratadas no 2º Ínstar. No 3º ínstar, os inseticidas não afetaram a sobrevivência das larvas alimentadas com ovos tratados durante o 2º ínstar. Porém, na fase de pupa, triflumurom diminuiu drasticamente a sobrevivência, não ocorrendo emergência de adultos (Tabela 4). Esses resultados assemelham-se aos obtidos por Matiolli et al. (1992) e Ferreira et al. (1993), que avaliaram os efeitos de inseticidas reguladores de crescimento sobre C. cubana.

Por contato, triclorfom e fempropatrina permitiram, respectivamente, 10% e 50% de sobrevivência das larvas no 3º ínstar (Tabela 4). Os resultados obtidos com fempropatrina confirmam aqueles constatados por Ferreira et al. (1993), Moraes & Carvalho (1993) e Souza et al. (1996) para C. cubana, e por Carvalho et al. (2002) para C. externa, que registraram alta mortalidade dos predadores tratados com esse inseticida. Bueno (2001) constatou baixa sobrevivência de larvas de C. externa tratadas com o inseticida deltametrina, pertencente ao mesmo grupo químico da fempropatrina. Carvalho et al. (2002) observaram 100% de mortalidade para larvas de 3º ínstar de C. externa quando pulverizadas com triclorfom em casa de vegetação.

Triflumurom afetou negativamente a sobrevivência de C. externa na fase de pupa acarretando 100% de mortalidade (Tabela 4). Endosulfam e esfenvalerato, que apresentaram seletividade para o predador na fase de larva, afetaram de modo significativo sua sobrevivência na fase de pupa, proporcionando 75% e 70% de emergência, respectivamente, ao passo que fempropatrina e tebufenozide foram semelhantes à testemunha, proporcionando, em média, 87,5% de emergência. Ferreira et al. (1993) concluíram que larvas de 3º ínstar de C. externa, quando tratadas com flufenoxurom, que possui o mesmo modo de ação do triflumurom, apresentaram sobrevivência de 91,4%, porém esse inseticida ocasionou 100% de mortalidade na fase de pupa. Bueno (2001) também constatou elevada mortalidade de pupas de C. externa quando larvas do predador foram tratadas com lufenurom, do mesmo grupo químico do triflumurom. Todas as larvas puparam normalmente, mas provavelmente morreram ao realizar a última mudança do tegumento dentro do casulo, não havendo emergência de adultos.

Efeitos dos Inseticidas na Reprodução de Adultos Provenientes de Larvas Tratadas no 2º Ínstar. Adultos obtidos de larvas alimentadas com ovos de A. kuehniella tratados com inseticidas não apresentaram diferenças significativas na produção diária de ovos (Tabela 5). Por contato, endosulfam e tebufenozide afetaram negativamente a oviposição, acarretando produção de 8,8 e 7,1 ovos/fêmea, respectivamente. Os tratamentos com fempropatrina e esfenvalerato não diferiram da testemunha, permitindo produção diária de 10,9 e 12,7 ovos, respectivamente.

Os produtos endosulfam e tebufenozide apresentaram maior efeito na produção de ovos quando as larvas foram submetidas ao contato com plantas pulverizadas. Resultados semelhantes foram obtidos por Matiolli et al. (1992) e Ferreira et al. (1993) que verificaram redução de 50% na capacidade de oviposição diária de adultos de C. cubana pulverizados com os inseticidas reguladores de crescimento flufenoxurom e diflubenzurom, pertencentes ao mesmo grupo químico do tebufenozide. Fempropatrina e esfenvalerato não afetaram a produção diária de ovos, independente da forma de assimilação do inseticida. A capacidade diária de oviposição de C. externa assemelhou-se à obtida em estudos básicos de biologia dessa espécie por diversos autores. Boregas (2000), alimentando adultos com levedo de cerveja e mel, fornecidos em duas consistências, semilíquida e pastosa, em casa de vegetação, observou produção diária de 10 ± 0,5 e 13,3 ± 0,9 ovos/fêmea, respectivamente.

Quando se compara o efeito dos compostos na produção total de ovos/fêmea proveniente de larvas que se alimentaram de ovos contaminados, constata-se que endosulfam e esfenvalerato diferiram significativamente do triclorfom, fempropatrina e tebufenozide, que foram semelhantes à testemunha (Tabela 5). O número total de ovos foi de 185 para o endosulfam e 225 para esfenvalerato, enquanto que para os demais produtos a média foi de 300 ovos.

Analisando-se o efeito de contato em plantas de algodoeiro pulverizadas, fempropatrina foi o que mais afetou o número total de ovos, seguido do endosulfam e tebufenozide (Tabela 5). Semelhantemente, Santa-Cecília et al. (1997) não observaram produção de ovos quando adultos de C. externa foram pulverizados com fempropatrina. Entretanto, Ferreira et al. (1993) constataram apenas redução na capacidade de oviposição diária e total em fêmeas de C. cubana tratadas com o mesmo inseticida.

O esfenvalerato foi inócuo com relação a esse parâmetro, proporcionando produção de 214 ovos, assemelhando-se à testemunha. Comparando-se o efeito dos produtos quanto à forma de assimilação, constatou-se que endosulfam, fempropatrina e tebufenozide apresentaram maior efeito na oviposição total, quando as larvas tiveram contato com folhas pulverizadas.

Quando os adultos de C. externa foram obtidos a partir de larvas alimentadas com ovos de A. kuehniella tratados, não houve diferença significativa na viabilidade dos ovos entre os tratamentos. Para aqueles oriundos de larvas que entraram em contato com plantas pulverizadas, observou-se que todos os inseticidas afetaram negativamente a viabilidade dos ovos (Tabela 6).

Não se observou diferença significativa na fertilidade dos ovos colocados por adultos provenientes de larvas que se alimentaram de ovos de A. kuehniella tratados com os diferentes inseticidas. Por contato, endosulfam, tebufenozide e esfenvalerato propiciaram a produção de maior número de ovos inférteis, em média 6,9%; enquanto a fempropatrina não diferiu da testemunha, apresentando infertilidade de 4% (Tabela 6).

Assim, endosulfam, fempropatrina e tebufenozide causaram maior redução da fertilidade de ovos nos adultos oriundos de larvas mantidas em algodoeiros pulverizados, do que alimentadas com ovos contaminados, sendo que esfenvalerato causou o mesmo efeito nos dois casos (Tabela 6). Tebufenozide, que se mostrou seletivo para as fases imaturas de C. externa (Tabelas 2, 3 e 4), apresentou efeito deletério aos adultos do predador, afetando de forma negativa a produção, viabilidade e fertilidade de ovos (Tabelas 5 e 6). Esses resultados diferem daqueles de Carvalho et al. (1994), que ao trabalharem com C. cubana, não observaram efeito negativo dos inseticidas buprofezin e ciromazina, sobre a fase adulta desse crisopídeo.

Agradecimentos

Ao Banco do Nordeste do Brasil S.A., pela colaboração financeira para a execução do projeto ''Controle biológico do curuquerê-do-algodoeiro com o emprego de Chrysoperla externa''.

Literatura Citada

Received 13/09/02

Accepted 08/08/03

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    09 Mar 2004
  • Data do Fascículo
    Dez 2003

Histórico

  • Aceito
    08 Ago 2003
  • Recebido
    13 Set 2002
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