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Distribuição altitudinal e alocação de recursos no corpo em uma vespa social de Montanha Alta (Hymenoptera: Vespidae)

A regra de Jame propõe uma relação direta entre o tamanho do corpo e a altitude. Muitos estudos são relacionados a essa regra; no entanto, poucos analisam as mudanças proporcionais em partes do corpo ao longo de gradientes. Foi estudada a variação morfológica em Agelaia pallipes (Olivier) em cinco faixas altitudinais (2600-3380 m), no Santuario de Iguaque (Colombia), com o objetivo de testar se a espécie segue a regra de Jame e se o tamanho de determinadas estruturas varia homogeneamente ao longo do gradiente. O efeito da altitude em estruturas foi testado com análise de variância multivariada (MANOVA), e a relação entre cada variável e altitude avaliada com análises de regressão. A MANOVA mostrou diferenças no tamanho das estruturas entre os locais. O aumento na altura conduz à redução no tamanho de corpo, especialmente no comprimento do fêmur traseiro e na largura da cabeça. No entanto, medidas de estruturas relacionadas ao vôo, tais como o comprimento do mesosoma, largura do mesoscutum, e ainda, tamanho da asa anterior, apresentam tendência inversa. É possível que todas as mudanças sejam conseqüência da redução de alimento e da diminuição da pressão atmosférica. A temperatura baixa das altitudes maiores pode limitar o forrageamento e, portanto, os recursos. A baixa pressão atmosférica torna o vôo mais difícil e pode resultar no aumento do tamanho das asas e dos músculos do vôo. Este trabalho enfatiza a necessidade de estudos relacionados a mudanças nas proporções corporais em espécie com amplas distribuições, latitudinal e altitudinal.

Regra de Jame; regra de Bermann; faixa altitudinal; Agelaia


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