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Ação de pesticidas em Metarhizium anisopliae no solo

Este trabalho objetivou analisar a ação de alguns acaricidas, fungicidas, inseticidas e herbicidas contendo diferentes princípios ativos, sobre Metarhizium anisopliae Metsch. (Sorokin), inoculado em solo autoclavado. A ação dos pesticidas foi analisada por meio da atividade respiratória do fungo. A primeira avaliação foi realizada 48h após a inoculação, em seguida foram adicionados os pesticidas e a atividade respiratória avaliada por nove vezes a cada 48h e mais cinco vezes a cada quatro dias. Com exceção dos fungicidas, não se observou efeito significativo (P > 0,05) dos pesticidas sobre M. anisopliae. Houve redução da produção de CO2 nos tratamentos mancozebe do 4º ao 6º dia de incubação, tebuconazole nos intervalos entre o 4º e 6º, 8º e 10º e 32º e 36º, oxicloreto de cobre do 10º ao 12º, 32º ao 36º e clorothalonil do 8º ao 10º, 10º ao 12º e 32º ao 36º dias de incubação. O mesmo ocorreu com os acaricidas abamectina e óxido de fenibutatina, observando-se redução da produção de CO2 entre o 20º e 24º dia de incubação. Os herbicidas glifosato, trifluralina e ametrina reduziram a atividade respiratória do fungo entre o 10º e 12º dia de avaliação e o inseticida triclorfon, apenas do 32º ao 40º dias de incubação. Os resultados indicam que a ação tóxica dos pesticidas sobre o fungo no solo foi pequena, sugerindo que esse bioagente de controle de pragas possa ser usado em conjunto ou associado aos pesticidas, sem comprometimento de sua atividade.

Atividade respiratória; fungo entomopatogênico; manejo integrado; controle biológico


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