Discrepâncias entre resultados de estudos de comportamento de insetos em laboratório e em campo ocorrem devido a variáveis encontradas entre os ambientes. Enquanto em laboratório as condições são controladas, em campo os insetos são avaliados em condições variáveis de temperatura, umidade e velocidade do ar. O objetivo deste trabalho foi calibrar e avaliar uma área experimental (14 x 7 x 3,5 m) contendo oito gaiolas de teste (2,5 x 2,5 x 2 m), para estudos comportamentais de oviposição para Aedes aegypti (L.) visando desenvolver uma nova metodologia para avaliar atraentes e armadilhas de oviposição em semi-campo. A calibração consistiu na (1) determinação do tempo de realização dos experimentos e no (2) número de fêmeas liberadas por teste e na (3) avaliação das posições das armadilhas no interior das gaiolas de teste. Fêmeas de A. aegypti de 3-4 dias após repasto sangüíneo e MosquiTRAP® foram utilizadas nos experimentos. Noventa por cento das fêmeas liberadas foram recapturadas após 2h do início dos experimentos, permitindo a realização de até 32 repetições/dia. A amostra mínima de fêmeas por experimento para a realização de análises estatísticas foi limitada a 20 fêmeas/armadilha/gaiola. Não foi observada diferença na resposta comportamental das fêmeas nas diferentes posições avaliadas. Resultados com MosquiTRAP em área urbana foram semelhantes aos do semi-campo. Portanto, a metodologia pode substituir os testes de campo para avaliar pelo menos armadilhas e atrativos de oviposição para A. aegypti.
Comportamento de oviposição; atrativo; semi-campo; MosquiTRAP
