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Presença e estado nutricional do parceiro sexual alteram limiar de discriminação protéica por Anastrepha obliqua MacQuart (Diptera: Tephritidae)

A quantidade mínima de proteínas que Anastrepha obliqua MacQuart pode detectar na sua fonte alimentar é variável, mas as causas dessa variação ainda são pouco conhecidas. Neste trabalho, foi testado se o estado nutricional e a presença do parceiro sexual, sem contato direto, alteram o limiar de discriminação protéica em A. obliqua. Indivíduos de cada sexo foram agrupados como se segue: (i) recém-emergidos, (ii) privados de fonte protéica (levedo de cerveja) por 18 dias, (iii) não-privados de levedo por 18 dias, (iv) privados mantidos na presença de parceiros sexuais igualmente privados de levedo, (v) privados mantidos na presença de parceiros não-privados, (vi) não privados mantidos com parceiros privados e (vii) não-privados mantidos com parceiros não-privados. Os parceiros sexuais foram separados entre si por uma divisória de plástico transparente com pequenos furos. Não só a presença do macho, como também seu estado nutricional, alteraram o limiar de discriminação das fêmeas. O limiar da fêmea foi, portanto, determinado pelo seu próprio estado nutricional mais o reconhecimento do estado nutricional do macho. O limiar de discriminação dos machos foi mais alto para os indivíduos não-privados do que para os indivíduos privados. A ocorrência de respostas na ausência de contato direto entre machos e fêmeas indicou que eles devem se utilizar de algum mecanismo químico para reconhecimento mútuo do estado nutricional do parceiro sexual.

Seleção de dietas; mosca-das-frutas; proteína; comportamento alimentar


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