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Impacto de fungicidas sobre epizootias de Nomuraea rileyi (Farlow) Samson e sobre populações de Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Noctuidae), em soja

O fungo Nomuraea rileyi (Farlow) Samson é um dos inimigos naturais mais importantes de lagartas da soja, principalmente em condições de tempo úmido. Surtos de oídio têm demandado a aplicação de fungicidas na soja, especialmente nas etapas iniciais do ciclo agrícola, época na qual a interferência sobre N. rileyi pode favorecer a ocorrência de lagarta por redução do inóculo desse fungo. Ensaios de laboratório mostraram que benomil, difenoconazole, enxofre e carbendazim reduziram a germinação de N. rileyi sendo o último menos deletério. Para avaliar o impacto dos fungicidas utilizados no controle do oídio sobre N. rileyi, foram realizadas aplicações com difenoconazole (75 g i.a./ha) ou benomil (262,5 g i.a./ha) em parcelas de soja. No ensaio realizado em 1997/1998 foi realizada apenas uma aplicação de fungicida, estando as plantas no estágio R1-R2. No ensaio realizado em 1998/99 realizaram-se duas aplicações, espaçadas de 19 dias, quando as plantas estavam nos estágios V5 e V7, respectivamente. O número de lagartas foi significativamente maior nas parcelas tratadas com os fungicidas que nas parcelas testemunhas. Em 1997/98, a parcela tratada com benomil apresentou população mais elevada da lagarta-da-soja que nas parcelas testemunhas ou na tratada com difenoconazole. Em 1998/99, a população da lagarta-da-soja foi maior entre o sétimo e décimo segundo dia após a primeira aplicação, e continuou alta até o décimo nono dia após a segunda aplicação. Os fungicidas causaram um atraso de 2 a 14 dias na iniciação da epizootia de N. rileyi.

Fungo entomopatogênico; difenoconazole; benomil; carbendazim; Microsphaera diffusa; controle biológico


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