Neste estudo avaliou-se a influência da ingestão de proteína durante a fase adulta em machos e fêmeas de duas populações de Ceratitis capitata Wiedemann, uma composta por moscas criadas há vinte anos em laboratório sem a introdução de moscas selvagens (Lab-pop) e outra mantida há aproximadamente quinze anos com a introdução periódica destas (Hybrid-pop). Foram testadas três dietas: duas contendo levedura de cerveja (fonte protéica), respectivamente, nas concentrações de 6,5 g e 1,5 g por 100 ml de dieta e uma dieta sem levedura. Foram avaliados os parâmetros: longevidade dos adultos, ingestão de dietas com e sem levedura e limiar de discriminação para a levedura. A ingestão de proteína aumentou a longevidade dos adultos da Lab-pop, porém não influenciou a longevidade dos da Hybrid-pop. Dentro de cada população, ambos os sexos apresentaram longevidade similar, quando alimentados com o mesmo tipo de dieta. Adultos de ambas as populações apresentaram comportamento alimentar similar e preferiram se alimentar de dietas contendo fonte protéica (levedura) em relação a dietas sem essa fonte. Machos e fêmeas, em ambas as populações, ingeriram quantidades similares de uma mesma dieta. O limiar de discriminação para a levedura foi semelhante para os machos das duas populações (0,5 g/100 ml de dieta); as fêmeas da Lab-pop foram capazes de perceber uma quantidade menor de levedura na dieta, ou seja tiveram maior capacidade de discriminação (0,4 g/100 ml de dieta) em relação as fêmeas oriundas da Hybrid-pop (0,6 g/100 ml de dieta).
Mosca-das-frutas; nutrição; limiar de discriminação; dieta; sobrevivência
