A freqüência de alelos de polimorfismo de coloração da lagarta-do-girassol, Chlosyne lacinia saundersi (Doubleday) foi calculada em uma população, com o objetivo de usar o polimorfismo como marcador genético para comparar populações de diferentes regiões ou oriundas de diferentes hospedeiros. Existem três fenótipos condicionados por dois locos interagindo epistaticamente: rufa, lagartas alaranjadas; bicolor, lagartas pretas com listras dorsais alaranjadas e nigra, lagartas pretas, às vezes com pontuações amareladas, sendo que esse polimorfismo torna-se bem visível a partir do quarto estádio.O mecanismo genético desse polimorfismo é bem conhecido. As amostras foram obtidas de modo independente na tentativa de se incluirem todos os cruzamentos entre os genótipos. Utilizou-se o teste de Qui-Quadrado (chi2) para estimar com precisão o tamanho ideal da amostra. A partir de 800 espécimes de quarto e quinto ínstares, as freqüências estabilizaram. As freqüências gênicas foram calculadas com base na freqüência de cada fenótipo. O alelo R do locus rufa ocorreu na freqüência de 7% e o alelo r teve freqüência de 93 %. O alelo B do locus bicolor teve freqüência de 31,8% e o alelo b teve freqüência em torno de 62,2%.
Epistasia; genética de populações; genética ecológica; fenótipo
