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A comunidade de insetos endófagos de Asteraceae em Cerrados de São Paulo

No presente estudo foi realizado um levantamento da fauna de insetos endófagos de capítulos de Asteraceae (Compostas), de 2000 a 2002, em oito localidades de cerrados sensu stricto no estado de São Paulo. Foram obtidas 64 espécies de endófagos (dípteros e lepidópteros) de 49 espécies de hospedeiras. Aproximadamente metade das espécies foi obtida de apenas uma área, e destas uma grande proporção ocorreu em apenas uma amostra (unicatas). Trinta por cento das espécies foram consideradas "singletons" (apenas um indivíduo foi obtido). A grande quantidade de espécies raras sugere uma forte troca de espécies entre diferentes áreas. Lepidópteros foram registrados em mais espécies hospedeiras que dípteros, confirmando o já observado para o mesmo sistema de insetos e plantas em outros ambientes no Brasil e Europa. As áreas de cerrado sensu stricto estudadas no estado de São Paulo encontram-se isoladas, com uma grande parte da fauna de invertebrados composta por muitas espécies raras e exclusivas. Diante deste quadro, sugere-se que a manutenção da biodiversidade de Asteraceae e seus endófagos em seus níveis atuais depende da conservação de todo o conjunto de remanescentes de cerrado do estado.

Interação inseto-planta; biodiversidade; Diptera; Lepidoptera


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