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Eficiência do nucleopoliedrovirus de Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Noctuidae) em campo: efeito de formulações do vírus, pH da água, volume e horário de aplicação, e tipo de bico de pulverização

Avaliou-se o controle de Anticarsia gemmatalis Hübner através do seu nucleopoliedrovirus (AgMNPV), em função de diferentes parâmetros envolvidos com o uso desse inseticida biológico, visando elucidar alguns casos de baixa eficiência em determinadas regiões do País, principalmente no Rio Grande do Sul (RS). O trabalho foi conduzido em quatro safras, de 1994/95 a 97/98, em Cruz Alta -- RS, avaliando-se os seguintes fatores sobre a eficiência do AgMNPV: formulações comerciais disponíveis; pH da calda; volume de calda; horário de aplicação; ponta de pulverização; e da mistura do vírus com óleo mineral. As parcelas consistiram de 28 fileiras de soja com 10 m de comprimento e espaçamento de 40 cm, adotando-se delineamento de blocos completamente casualizados, com quatro repetições. As amostragens foram realizadas pelo método do pano, determinando-se o número de lagartas infectadas pelo vírus (LI). As formulações comerciais produzidas pela Nitral, Nova Era, Coodetec e Embrapa controlaram adequadamente a praga, em comparação à testemunha; no entanto, foram significativamente inferiores à preparação do vírus obtida por maceração e filtragem de lagartas, demonstrando que essas formulações necessitam aperfeiçoamento. A eficácia do AgMNPV foi significativamente afetada pelo pH da água, pois parcelas tratadas com suspensão com pH 6 apresentaram número significativamente maior de LI que aquelas pulverizadas com suspensões com pH 2 e 10. O volume de aplicação também influenciou no controle de A. gemmatalis pelo vírus. Volumes de 300, 200 e 100 L/ha foram igualmente eficientes, mas a 50 L/ha o controle do inseto foi significativamente inferior aos obtidos com os demais volumes, aparentemente pelo fato de ter ocorrido entupimento de bicos no menor volume. Quanto ao horário de aplicação, as maiores eficiências foram observadas para pulverizações realizadas às 2:00 h e 20:00 h, em comparação com as efetuadas às 08:00 h e 14:00 h. Por outro lado, não houve diferença na eficácia do vírus quando aspergido com diferentes pontas de pulverização e tampouco a adição de óleo mineral à calda melhorou a performance do vírus formulado.

Insecta; lagarta-da-soja; controle biológico; baculovírus; soja


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