Slavoj Žižek propõe-se oferecer uma versão renovada da dialética materialista e uma teoria crítica ao capitalismo moderno tardio. No entanto, resta saber se sua versão do idealismo alemão oferece o caminho adequado para essa crítica. Neste artigo procura-se sugerir uma maneira diferente de compreender o problema da "negatividade" nessa tradição e de responder à questão de se há algo na sociedade contemporânea que proporciona alguma base material para as aspirações de Hegel sobre os potenciais transformadores e educativos da sociedade civil moderna. É difícil não ser profundamente pessimista a esse respeito, mas a procura por esses possíveis "rastros da razão" parece uma perspectiva mais genuinamente hegeliana.
Slavoj Žežk; G. W. F. Hegel; Idealismo alemão; Modernidade capitalista tardia