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As indústrias da transformação são concentradas espacialmente? Um teste empírico para o Brasil (2002-2014)

Are manufacturing industry spatially concentrated? An empirical test for Brazil (2002-2014)

Resumo

O artigo apresenta novas evidências da concentração industrial no Brasil para o período de 2002 a 2014. A partir de Ellison e Glaeser (1994ELLISON, Glenn; GLAESER, Edward L. Geographic Concentration in US Manufacturing Industries: A Dartboard Approach. NBER Working Paper No. 4840. 1994. ; 1997)ELLISON, Glenn; GLAESER, Edward L. Geographic concentration in US manufacturing industries: a dartboard approach. Journal of Political Economy, v. 105, n. 5, p. 889-927, 1997. e usando os microdados dos estabelecimentos da RAIS-ME, por meio de dois testes estatísticos, verificam-se quais divisões da indústria da transformação são concentradas. A análise é desagregada setorialmente, e explora-se a dinâmica do indicador de concentração (EGI). Os resultados indicaram que as indústrias são mais concentradas do que seriam se as escolhas locacionais das firmas fossem aleatórias, e que a maioria das indústrias tenderam a se desconcentrar ou o EGI ficou relativamente estável, à exceção da indústria de “Equipamentos/Material Eletrônico”, que é de alta tecnologia. Porém, a tradicional “indústria de Artefatos de Couro”, intensiva em mão de obra, também esteve entre as primeiras colocadas no ranking do EGI, sugerindo que o labor pooling, entre outros fatores, é uma importante economia de aglomeração da indústria.

Palavras-chave:
concentração geográfica; indústria transformação; índice de Ellison-Glaeser; teste de concentração

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