A sobrevivência e parâmetros fisiológicos associados ao metabolismo e a osmorregulação foram avaliados em juvenis da tainha Mugil liza aclimatada à diferentes salinidades (5, 10, 20, 30 e 40‰) por 15 dias. Foram fixadas a temperatura (25ºC) e o fotoperíodo (12L:12D) da sala onde os experimentos foram realizados. Os peixes foram alimentados duas vezes ao dia com ração comercial (28% de proteína bruta) até a saciedade. Após aclimatação, foi medido o consumo corporal de oxigênio e os peixes foram eutanasiados e foram coletadas amostras de sangue, brânquias e fígado. O consumo corporal de oxigênio e a osmolalidade plasmática não variaram na faixa de salinidade testada. O ponto isosmótico foi estimado em 412,7 mOsmol kg-1 (13,5‰). A atividade da Na+,K+-ATPase branquial tendeu a ser menor em 20 e 30‰, enquanto o conteúdo de glicogênio hepático foi significativamente maior em 20‰ do que em 5 e 40‰. Estes resultados indicam que o juvenil de M. liza é capaz de se aclimatar a uma ampla faixa de salinidade (5-40‰) por um curto período de tempo (15 dias). Esta condição é atingida através de ajustes na atividade da Na+,K+-ATPase branquial e no metabolismo de carboidratos para regular a osmolalidade plasmática e o metabolismo aeróbico/energético. Portanto, nossos achados suportam a ideia de que é possível capturar juvenis da tainha M. liza em água do mar e cultivá-los em águas estuarinas e marinhas.
Articles • Neotrop. ichthyol. 13
(03)
• Jul-Sep 2015 • https://doi.org/10.1590/1982-0224-20140123 copiar
Acclimation of juvenile Mugil liza Valenciennes, 1836 (Mugiliformes: Mugilidae) to different environmental salinities
Sociedade Brasileira de Ictiologia
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