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Movimentos sociais e partidos políticos: as relações entre o movimento feminista e o sistema de partidos na Nicarágua (1974-2012)* * A produção deste artigo, em suas várias versões, se beneficiou de um generoso diálogo com vários pesquisadores e ativistas. Uma primeira versão deste texto foi apresentada por Humberto Meza no 38º Encontro da Anpocs de 2014, no GT "Entre as ruas e os gabinetes: institucionalização e contestação nos movimentos sociais". Os autores agradecem aos debatedores e aos presentes as sugestões recebidas, especialmente a José Leon Szwako. Agradecemos também aos integrantes do Núcleo de Pesquisa em Participação, Movimentos Sociais e Ação Coletiva (Nepac-Unicamp) pela discussão coletiva da segunda versão do texto, e a Evelina Dagnino e Milly Thayer pela leitura atenta e as pertinentes sugestões. A Sônia Alvarez, Hilary Wainwright e Valeriano Mendes Ferreira Costa agradecemos as contribuições feitas ainda na fase de elaboração da tese que ofereceu subsídios a este artigo (Meza, 2015). Também agradecemos aos entrevistados e informantes na Nicarágua o tempo que nos foi concedido e o entusiasmo com que receberam esse projeto, em especial às ativistas do MAM, à pesquisadora feminista Ana Criquillon e às dirigentes da Red de Mujeres Contra la Violencia. Aos pareceristas anônimos da revista Opinião Pública agradecemos os comentários decisivos para o fechamento do nosso argumento. Somos realmente gratos a todos pela partilha.

Social movements and political parties: relationships between the feminist movement and the political party system in Nicaragua (1974-2012)

Movimientos sociales y partidos políticos: las relaciones entre el movimiento feminista y el sistema de partidos en Nicaragua (1974-2012)

Mouvements sociaux et partis politiques: les relations entre le mouvement féministe et le système des partis au Nicaragua (1974-2012)

Este artigo busca contribuir com o debate teórico sobre as relações entre movimentos sociais e partidos políticos, a partir de um estudo de caso sobre as relações entre o movimento feminista e o sistema de partidos na Nicarágua, ao longo da construção democrática nicaraguense, entre 1974 e 2012. A pesquisa de campo foi realizada entre 2011 e 2014 e consistiu da realização de entrevistas com lideranças do movimento feminista e dos partidos políticos, análise documental e observação participante nos eventos do movimento. A partir dos desafios colocados pela empiria, o artigo avança em dois debates principais: a natureza modular da autonomia e a zona de interseção. No primeiro, buscamos destacar a natureza relacional, histórica e estratégica da reivindicação da autonomia; no segundo, nosso tema são os impactos mútuos dessas relações sobre os atores e o contexto político da interação.

movimentos sociais; partidos políticos; feminismo; Nicarágua


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