A solarização é uma técnica usada para o controle de plantas daninhas e doenças de plantas em regiões de alta radiação solar. Estudou-se o efeito da solarização (por 0, 3, 6 e 9 semanas) sobre a população de plantas daninhas, a produção de cenoura (Daucus carota L. cv. Brasília) e a infestação das raízes por nematóides. O experimento foi realizado em São Luís, MA, utilizando filmes de plástico com espessuras de 100 e 150 mim. A temperatura máxima a 5 cm de profundidade foi cerca de 10ºC maior nas parcelas solarizadas do que nas testemunhas. Havia 20 tipos de ervas daninhas no experimento. A solarização reduziu a biomassa e densidade das plantas daninhas em 50% das espécies, incluindo Cyperus spp., Chamaecrista nictans var. paraguariensis (Chod & Hassl.) Irwin & Barneby, Marsypianthes chamaedrys (Vahl) O. Kuntze, Mitracarpus sp., Mollugo verticillata L., Sebastiania corniculata M. Arg. e Spigelia anthelmia L. No entanto, foi ineficaz para o controle de 40% das espécies vegetais presentes no campo. Além disso, a solarização estimulou a germinação das sementes de Commelina benghalensis L. O rendimento comercial da cenoura foi maior nas parcelas solarizadas do que naquelas não cobertas. Conclui-se que a solarização por nove semanas aumenta o rendimento da cenoura e foi eficiente para o controle de mais da metade das espécies de plantas daninhas no campo. Porém, a cobertura de plástico foi ineficiente para o controle de nematóides formadores de galhas na cenoura.
Commelina benghalensis; Cyperus; agricultura orgânica; aquecimento do solo; cobertura do solo; cobertura de plástico; desinfecção do solo; controle de nematóides; solo arenoso
