O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do genótipo IAC 17, resistente a insetos, nas características reprodutivas de fêmeas de Podisus nigrispinus (Dallas) (Heteroptera: Pentatomidae), utilizando o genótipo susceptível UFV 16 como controle. Os tratamentos foram: T1) fêmeas de P. nigrispinus alimentadas com plantas de UFV 16 e lagartas de Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Noctuidae), criadas em folhas desta cultivar; T2) fêmeas de P. nigrispinus alimentadas com plantas de IAC 17, e lagartas de A. gemmatalis, criadas em folhas desta cultivar. Avaliou-se a longevidade das fêmeas, períodos de pré-oviposição, oviposição e pós-oviposição, número de ovos e de posturas/fêmea, peso dos ovos, intervalo entre posturas, número de ovos/postura, porcentagem de ovos eclodidos, número de ninfas/fêmea e número total de presas mortas/fêmea de P. nigrispinus. A maioria das características avaliadas mostrou resultados semelhantes entre tratamentos, exceto o período de oviposição, que foi mais longo para fêmeas criadas no genótipo resistente que no susceptível, e a porcentagem de fêmeas que ovipositaram antes de morrer, que foi menor na IAC 17. Além disso, o genótipo IAC 17 causou maior mortalidade de fêmeas de P. nigrispinus no início de sua fase adulta e distribuição mais uniforme da produção de ovos ao longo do período adulto desse predador. Por outro lado, os resultados não sugerem efeito desse genótipo na prole do predador.
Anticarsia gemmatalis; insetos; reprodução; controle biológico; controle de pragas
