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Longevidade de inflorescências de Epidendrum ibaguense tratadas com aminoetoxivinilglicina

Extending vase life of cut Epidendrum ibaguense inflorescences with aminoethoxyvinylglycine

Resumos

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do inibidor da síntese de etileno aminoetoxivinilglicina (AVG) aplicado na forma de solução de condicionamento e pulverização sobre a abscisão e longevidade de inflorescências de Epidendrum ibaguense Kunth. As hastes foram colhidas e imediatamente condicionadas em solução com 0, 0,5, 1, 1,5 e 2 mM de AVG por 6, 12, 18 e 24 horas. Os mesmos tratamentos foram aplicados na forma de pulverização até o molhamento completo da inflorescência. O experimento foi conduzido em um esquema fatorial entre tempo de aplicação e doses de AVG, mais doses de AVG aplicadas em pulverização nas flores, e o delineamento foi em blocos ao acaso, com cinco repetições, com três hastes por unidade experimental. Independentemente do modo de aplicação do AVG, as concentrações utilizadas promoveram aumento da longevidade das flores em aproximadamente 70% em comparação ao controle, com resposta máxima nas concentrações de 1,5 e 2 mM. Apercentagem de abscisão de flores foi reduzida em todos os tratamentos com AVG, principalmente quando se utilizou pulverização, com decréscimo na abscisão acumulada superior a 80% nas concentrações entre 1 e 2 mM de AVG.A aplicação de AVG prolongaa longevidadee reduz a abscisãode flores de Epidendrum ibaguense.

AVG; condicionamento; pulverização; vida de vaso


This work evaluated the influence of the aminoethoxyvinylglycine (AVG), an inhibitor of ethylene synthesis, when applied in pulsing solution or sprayed, on the abscission and longevity of cut star orchid (Epidendrum ibaguense Kunth) inflorescences. The cut stems were placed in solutions with 0, 0.5, 1, 1.5 and 2 mM AVG concentrations immediately after the harvest for periods of 6, 12, 18 and 24 hours. The same treatment concentrations were sprayed on the inflorescences until runoff. The experiment had a randomized complete block design with factorial treatments of rate and duration plus rate of application to the flowers, with five replicates, with three stems per experimental unit. Regardless of the way the AVG was applied, the inhibitor extended the flowers'longevity in approximately 70% compared to the control treatment, reaching maximum effect at 1.5 and 2 mM AVG. The percentage of abscissed flowers diminished in all treatments containing AVG, with higher efficiency when sprayed over the inflorescence, decreasing the abscission by 80% at concentrations between 1 and 2 mM AVG.

AVG; pulsing; spraying


FLORICULTURA

Longevidade de inflorescências de Epidendrum ibaguense tratadas com aminoetoxivinilglicina

Extending vase life of cut Epidendrum ibaguense inflorescences with aminoethoxyvinylglycine

Ana Maria MapeliI; Fernando Luiz FingerII; Lucilene Silva de OliveiraII; José Geraldo BarbosaII

IUniversidade Federal de Viçosa (UFV), Departamento de Fisiologia Vegetal, Avenida P.H. Rolfs, s/nº, Campus Universitário, CEP 36570-000 Viçosa, MG. E-mail: amapeli@pop.com.br

IIUFV, Departamento de Fitotecnia. E-mail: ffinger@ufv.br; luagroufv@hotmail.com; jgeraldo@ufv.br

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do inibidor da síntese de etileno aminoetoxivinilglicina (AVG) aplicado na forma de solução de condicionamento e pulverização sobre a abscisão e longevidade de inflorescências de Epidendrum ibaguense Kunth. As hastes foram colhidas e imediatamente condicionadas em solução com 0, 0,5, 1, 1,5 e 2 mM de AVG por 6, 12, 18 e 24 horas. Os mesmos tratamentos foram aplicados na forma de pulverização até o molhamento completo da inflorescência. O experimento foi conduzido em um esquema fatorial entre tempo de aplicação e doses de AVG, mais doses de AVG aplicadas em pulverização nas flores, e o delineamento foi em blocos ao acaso, com cinco repetições, com três hastes por unidade experimental. Independentemente do modo de aplicação do AVG, as concentrações utilizadas promoveram aumento da longevidade das flores em aproximadamente 70% em comparação ao controle, com resposta máxima nas concentrações de 1,5 e 2 mM. Apercentagem de abscisão de flores foi reduzida em todos os tratamentos com AVG, principalmente quando se utilizou pulverização, com decréscimo na abscisão acumulada superior a 80% nas concentrações entre 1 e 2 mM de AVG.A aplicação de AVG prolongaa longevidadee reduz a abscisãode flores de Epidendrum ibaguense.

Termos para indexação: AVG, condicionamento, pulverização, vida de vaso.

ABSTRACT

This work evaluated the influence of the aminoethoxyvinylglycine (AVG), an inhibitor of ethylene synthesis, when applied in pulsing solution or sprayed, on the abscission and longevity of cut star orchid (Epidendrum ibaguense Kunth) inflorescences. The cut stems were placed in solutions with 0, 0.5, 1, 1.5 and 2 mM AVG concentrations immediately after the harvest for periods of 6, 12, 18 and 24 hours. The same treatment concentrations were sprayed on the inflorescences until runoff. The experiment had a randomized complete block design with factorial treatments of rate and duration plus rate of application to the flowers, with five replicates, with three stems per experimental unit. Regardless of the way the AVG was applied, the inhibitor extended the flowers'longevity in approximately 70% compared to the control treatment, reaching maximum effect at 1.5 and 2 mM AVG. The percentage of abscissed flowers diminished in all treatments containing AVG, with higher efficiency when sprayed over the inflorescence, decreasing the abscission by 80% at concentrations between 1 and 2 mM AVG.

Index terms: AVG, pulsing, spraying.

Introdução

A orquídea da espécie Epidendrum ibaguense é uma planta rústica e adapta-se plenamente ao cultivo em solo em condições de pleno sol ou de cultivo protegido, característica que amplia as possibilidades de fornecimento das flores ao longo dos 12 meses do ano (Pridgeon, 2003). Após o estabelecimento vegetativo da planta, as flores são colhidas entre cinco e sete semanas de cultivo (Moraes, 2003). As inflorescências têm hastes longas e flores de coloração vermelha e alaranjada, e podem ser utilizadas como flor de corte ou de vaso e em paisagismo.

A senescência pós-colheita de flores é regulada por fatores de natureza endógena e externos, que podem agir de forma sinérgica. Entre as mudanças bioquímicas, o aumento da atividade de enzimas hidrolíticas, a degradação do amido e da clorofila, a perda da compartimentalização celular, a produção climatérica do etileno e a respiração são as mais evidentes. O etileno regula uma variedade de respostas durante o crescimento e desenvolvimento vegetal, incluindo florescimento, abscisão e senescência de flores (Dukovski et al., 2006). A exposição a concentrações iguais ou superiores a 10 mg L-1 de ethephon ocasiona o estímulo da produção de etileno (Moraes et al., 2007), cuja presença também provoca queda prematura das flores nas inflorescências de Epidendrum. Esses fatos demonstram que esta espécie é altamente sensível ao etileno, semelhante às espécies dos gêneros Dendrobium e Phalaenopsis (Porat et al., 1994; Porat et al., 1995; Van Doorn, 2002; Finger & Barbosa, 2006).

A aplicação de compostos antietileno tem sido eficaz na floricultura, uma vez que permite o controle e o retardamento do início da senescência floral, principalmente nas espécies sensíveis ao gás. Entre os compostos utilizados destacam-se os inibidores da biossíntese, como análogos das rizobiotoxinas, a aminoetoxivinilglicina (AVG) e o ácido aminooxiacético (AOA), bem como o tiossulfato de prata (STS) e o 1-metilciclopropeno (1-MCP), inibidores da ação do etileno (Schupp & Greene, 2004; Moraes et al.,2007).

O AVG é um aminoácido não proteico, que inibe de forma competitiva e irreversível a ácido 1-carboxílico-1-aminociclopropano sintase (ACC sintase) e diminui a quantidade de substrato para a oxidase do ACC, e, portanto, a taxa de conversão do ACC para etileno (Abeles et al.,1992), porém a magnitude da eficiência do inibidor depende da concentração utilizada. O AVG é comercialmente registrado como regulador de crescimento ReTain (Valent BioSciences Corporation, Libertyville, Illinois, USA) para aplicação em pré ou pós-colheita, na indução floral de Guzmania (Dukovski et al., 2006), na senescência (Wang et al., 2001) e na pós-produção.

Há alguns relatos do uso do AVG como agente para aumentar a vida pós-colheita, com formas de aplicação variadas, inclusive pulverização e condicionamento. A pulverização pós-colheita de flores de gerânio com 0,5 a 2 mM de AVG reduziu a queda prematura dos floretes e prolongou a vida de vaso (Anderson et al., 1993). Além disso, pulverizações do ReTain em pré-colheita de maçãs diminuíram a queda prematura dos frutos, a concentração interna e a produção de etileno climatérico e estenderam o período de colheita (Greene & Schupp, 2004; Schupp & Greene, 2004). Entretanto, Johnson & Colgan (2003) observaram que o aumento na concentração de ReTain não mantém a firmeza de maçãs pulverizadas na pré-colheita, mas promove a incidência de desintegração interna de polpa, o que indica que a resposta causada por esse regulador depende da espécie a ser utilizada.

A pulverização de AVG (1 mM) atrasou, porém não preveniu, a abscisão de flores de Theobroma cacao L. (Aneja et al., 1999). Além disso, Brackmann et al. (2000), ao usarAVG combinado com sacarose na solução conservante, observaram aumento na senescência do crisântemo cv. Snowdon. No entanto, para Epidendrum não há relatos sobre a influência da aplicação de ReTain sobre a abscisão e a longevidade pós-colheita.

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito e o modo de aplicação do AVG sobre a abscisão e a longevidade de inflorescências de Epidendrum ibaguense.

Material e Métodos

As plantas de E. ibaguense foram cultivadas no campo de produção do Setor de Floricultura da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG, e as hastes foram colhidas pela manhã (às 8h) no estádio 10 de abertura floral (mínimo de 20 flores abertas no racemo), conforme previamente estabelecido por Moraes (2003). As hastes foram colocadas em baldes com água destilada, levadas ao laboratório e padronizada sem 30cm de comprimento. Em seguida, foram pulverizadas com borrifador até o molhamento completo da inflorescência com cerca de 50 mL de solução de AVG por repetição, ou foram colocadas por 6, 12, 18 e 24 horas em soluções de condicionamento, nas concentrações de 0, 0,5, 1, 1,5 e 2mM de AVG. Após os tratamentos, as inflorescências foram colocadas em vasos com água desionizada, que foi trocada a cada dois dias para evitar o desenvolvimento de microrganismos. O experimento foi conduzido à temperatura de 25ºC, umidade relativa de 50-70% e intensidade luminosa de 7-10 µmol m-2 s-1. Foi estabelecido o fim da longevidade quando as inflorescências apresentavam mais de 50% de abscisão ou murcha das flores (Moraes et al., 2007).

A atividade da oxidase do ácido 1-carboxílico-1-aminociclopropano (ACC) nos estádios de botão totalmente colorido, flor aberta, flor no início da senescência e flor senescente de E. ibaguense foi determinada in vivo (Whitehead et al., 1984). O material vegetal foi infiltrado (40 mm Hg de vácuo) com água desionizada, por 2 min em agitação. O material foi posteriormente transferido para um tubo com papel filtro, selado e armazenado a 30ºC por 1 hora e, em seguida, as amostras de etileno foram retiradas. A concentração de etileno acumulada nos frascos foi determinada em cromatógrafo de gás, modelo GC-14B (Shimadzu, Kyoto), equipado com detector de ionização de chama e coluna empacotada com Porapak-Q.

O experimento foi conduzido em esquema fatorial e delineamento em blocos ao acaso, com cinco repetições, com três hastes por unidade experimental. Os dados foram interpretados usando análise de variância e de regressão. As médias referentes aos tratamentos qualitativos foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Resultados e Discussão

Os efeitos promovidos pelo AVG dependeram da concentração utilizada, tempo de exposição e modo de aplicação, o que proporcionou resultados divergentes. As doses de AVG empregadas na forma de condicionamento prolongaram a longevidade das inflorescências de E. ibaguense, e as concentrações mais elevadas (1,5 e 2 mM) prolongaram mais a vida de vaso das inflorescências, principalmente após 6 e 24 horas de condicionamento (Tabela 1). Os diversos estádios de abertura floral encontrados na inflorescência de E.ibaguense demonstraram comportamento diferente quanto à atividade in vivo da oxidase do ACC, pois botão colorido, flor aberta, flor no início da senescência com valor comercial e flor senescente apresentaram valores de 4,1, 5,6, 27,9 e 2,7 µL kg-1 h-1 de etileno, respectivamente. Assim, a flor no início da senescência apresentou valores 6,8, 5 e 10 vezes maiores quando comparados ao estádio de botão, flor aberta e flor senescente, respectivamente. Tal fato demonstra que houve maior disponibilidade de ACC no estádio de flor aberta e no início da senescência para a ação da oxidase do ACC e que nesse estádio ocorreu ativação da sintase do ACC em relação aos demais estádios avaliados. Desta forma, em E. ibaguense, a atividade da sintase do ACC parece ser o principal ponto no controle da senescência da flor e do acúmulo de ACC. Em flores de Alstroemeria e Dendrobium houve estreita correlação entre ACC e senescência, o que indica que a sintase do ACC é limitante para essas espécies desses gêneros (Ketsa & Luangsuwalai, 1996; Chanasut et al., 2003). O tratamento com AVG prolongou a vida de vaso de flores de cravo cv. Sandrosa (Tanase et al., 2008), com resultado semelhante ao obtido na espécie em estudo. Como a aplicação de AVG prolongou a vida de vaso da flor de E. ibaguense, provavelmente houve inibição da atividade da sintase do ACC, porém estudos futuros do comportamento da enzima devem ser realizados para avaliar o efeito do AVG.

As inflorescências de E. ibaguense necessitaram de concentrações mais elevadas do que outras espécies para que ocorresse inibição da atividade da ACC sintase, visto que Reyez-Lopez et al. (2008), ao avaliar o efeito do condicionamento com AVG sobre a longevidade e abertura de rosas cv. Royalty, verificaram que a vida de vaso foi de 18 dias no tratamento de 0,25mM de AVG e a abertura total das flores ocorreu aos 13 dias, em comparação com o controle, que apresentou 12-13 dias de vida pós-colheita e abertura floral aos10 dias. A causa dessa diferença pode ser a interferência na resposta das plantas à ação do etileno promovida pela alteração da produção de etileno e pela percepção ao etileno per si (Serek et al., 2006). Contudo, o bloqueio dos efeitos do etileno diretamente no receptor, via inibidores da ação, é mais efetivo, uma vez que impede a atuação tanto do etileno exógeno quanto endógeno (Serek & Reid, 1993). Assim, quando as inflorescências de E. ibaguense foram tratadas com 1-MCP, observou-se aumento da vida de vaso de 5,5 para 12 dias (Finger et al., 2008).

Em relação ao tempo de exposição ao AVG, os períodos de 18 e 24 horas aumentaram a durabilidade das flores e o maior tempo foi o mais efetivo, pois a longevidade foi superior a dez dias, tendo diferido significativamente dos demais (Tabela 1).

No quarto dia pós-colheita, as inflorescências condicionadas por 12 horas com AVG, em todas as concentrações, apresentaram início da senescência. O labelo encontrava-se enrolado e avermelhado e as pétalas descoloridas. As inflorescências tratadas por 18 horas, em todas as concentrações, não apresentaram abscisão das flores, apenas murchamento, o que determinou o fim da vida de vaso, já que não havia valor comercial ou ornamental. O condicionamento com 1,5 e 2 mM de AVG por 24 horas atrasou o murchamento das plantas.

A pulverização das inflorescências com AVG causou efeitos diferentes aos do AVG aplicado na forma de solução de condicionamento, entretanto ambos os métodos de aplicação foram eficazes (Tabela 2). Houve diferença significativa quanto às concentrações, pois, quando se utilizou solução de condicionamento, apenas 1,5 e 2 mM de AVG promoveram resultados positivos, com aumento de 70% na longevidade em relação ao controle. Contudo, independentemente da concentração utilizada, o tratamento de pulverização prolongou em 73% a longevidade de E. ibaguense em relação ao controle (Tabela 2). Resultados semelhantes foram obtidos por Anderson et al. (1993) ao pulverizar flores de gerânio com 0,5 a 2 mM de AVG, o que reduziu em 92% a queda prematura dos floretes e estendeu sua vida de vaso. Brackmann et al. (2004) avaliaram o efeito da pulverização pré-colheita de AVG (0,25, 0,5, 0,75 e 1 mM) durante o crescimento das plantas sobre a qualidade pré-colheita e prolongamento da vida de vaso de crisântemo cv. Bronze Repin. Esses autores observaram que houve alteração na coloração, redução do comprimento da lígula e diâmetro das flores, seguido do prolongamento da vida de vaso das inflorescências,equeadose0,75 mMfoiamaisefetiva em retardar a senescência floral. As inflorescências de E. ibaguense, quando pulverizadas com 1 mM de AVG, apresentaram redução de 55% da percentagem de abscisão em relação ao controle, diferentemente do comportamento observado em Theobroma cacao L. que, ao serem pulverizadas com 1 mM de AVG, apenas sofreram atraso na abscisão, mas não inibição (Aneja et al., 1999).

O AVG aplicado na forma de pulverização foi mais efetivo em adiar o aparecimento de sintomas de senescência nas flores de E. ibaguense em relação ao condicionamento, pois a senescência teve início após o sétimo dia de vida pós-colheita e em nenhum tratamento com AVG houve 50% de abscisão, haja vista que as hastes foram descartadas devido ao murchamento e à necrose das pétalas.

O tratamento das inflorescências de E. ibaguense com AVG reduziu a proporção de abscisão de flores em comparação com as flores-controle e o melhor efeito foi obtido com o inibidor pulverizado, que apresentou reduçãode 81,5% nas concentrações de 1,5 e 2 mM de AVG (Tabela 3). O uso de solução de condicionamento produziu efeito semelhante, porém menos expressivo, visto que a redução variou de 54 a 56% para as mesmas concentrações. Todavia, esse composto mostrou ser eficaz em impedir a queda das flores.

Conclusões

1. O condicionamento das hastes de Epidendrum ibaguense na concentração 1,5 mM de aminoetoxivinilglicina (AVG) por 24 horas prolonga a longevidade das flores.

2. A pulverização das inflorescências com AVG prolonga significativamente a vida pós-colheita, independentemente da concentração utilizada.

3. Todos os modos de aplicação são efetivos em prolongar a longevidade de inflorescências de E. ibaguense.

4. As inflorescências de E. ibaguense, quando pulverizadas com AVG, apresentam uma elevada redução na taxade abscisão de suas flores.

Agradecimentos

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, pela concessão de bolsa.

Recebido em 1º de setembro de 2008 e aprovado em 27 de fevereiro de 2009

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Maio 2009
  • Data do Fascículo
    Mar 2009

Histórico

  • Aceito
    27 Fev 2009
  • Recebido
    01 Set 2008
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