O objetivo deste trabalho foi avaliar e caracterizar dois clones, 169 e 685, de uvas Cabernet Sauvignon, e avaliar os vinhos produzidos com estas uvas. O experimento foi realizado em São Joaquim, SC, durante a safra de 2009. No período de maturação, foi avaliada a evolução da composição físico-química, dos compostos fenólicos, dos ácidos orgânicos e das antocianinas. Na colheita das uvas, foram determinados os componentes de produtividade para cada clone. Os vinhos foram analisados quanto aos fenólicos individuais e totais, às antocianinas individuais e totais, e à atividade antioxidante. Os clones também foram avaliados quanto a seus ciclos fenológicos. Durante o período de maturação, a evolução dos compostos fenólicos e dos parâmetros físico-químicos foi similar para os dois clones; no entanto, no período da colheita, foram observadas diferenças significativas em relação à produtividade, ao número de cachos por planta e de bagas por cacho, à área foliar e ao conteúdo de ácidos orgânicos, de polifenóis e de antocianinas. Os vinhos produzidos com estes clones mostraram diferença significativa quanto à composição química. Os clones apresentaram duração do ciclo fenológico e parâmetros bioclimáticos similares. A análise de componentes principais indica que o clone 685 é fortemente correlacionado às características de cor, principalmente às antocianinas monoméricas, enquanto o clone 169 é correlacionado aos compostos fenólicos individuais.
Vitis vinifera; Vitis vinifera; compostos fenólicos; fenologia; maturação
