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Termometria ao infravermelho na programação da irrigação de feijoeiro

O objetivo deste trabalho foi determinar o momento crítico para efetuar a irrigação do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L. cv. Carioca) utilizando a termometria ao infravermelho. Foram analisados cinco tratamentos. As diferenças entre a temperatura foliar das plantas e a de um controle mantido bem irrigado testadas foram de 1, 2, 3, 4 e 5±0,5ºC. Foram analisadas variáveis fisiológicas e de crescimento para identificar o melhor momento de irrigação. Encontrou-se uma correlação linear significativa entre o índice empregado e a resistência estomática, a taxa transpiratória e o potencial hídrico foliar. Embora tenha-se verificado uma correlação linear significativa entre o índice empregado e os valores médios da matéria seca total, da taxa de crescimento absoluto e do índice de área foliar, não se verificou qualquer correlação significativa com os demais índices de crescimento, como a taxa de crescimento relativo, a taxa assimilatória líquida e a razão de área foliar. As plantas irrigadas a uma temperatura foliar de 3±0,5ºC acima do controle apresentaram um incremento de 59,7% no valor médio da sua taxa de crescimento relativo, produzindo 2.260,2 kg ha-1 de grãos, com uma redução de 38,0% na quantidade de água aplicada. As plantas irrigadas a uma temperatura foliar de 4±0,5ºC acima do controle produziram 1.907,6 kg ha-1 de grãos, contudo o valor médio de sua taxa de crescimento relativo foi de 4,0% inferior ao controle. Estes resultados demonstram que o melhor momento de se irrigar o feijoeiro é quando apresentam temperatura foliar entre 3ºC e 4±0,5ºC acima do controle.

planejamento da irrigação; eficácia no uso da água; taxa de crescimento


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