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Fixação de nitrogênio por amendoim e mucuna e benefício residual para uma cultura de milho

Fertilizantes químicos raramente estão disponíveis aos agricultores com poucos recursos econômicos, e assim o N é, freqüentemente, um elemento mais limitante para a produção de grãos. O objetivo deste trabalho foi quantificar a contribuição da fixação biológica de nitrogênio (FBN) às culturas de amendoim (Arachis hypogaea) e mucuna (Mucuna pruriens), por meio da técnica de abundância natural de 15N e determinar o efeito residual das leguminosas e do pousio sobre o crescimento e acumulação de N em duas variedades de milho. A contribuição da FBN calculada a partir dos dados de delta15N, foi de 40,9, 59,6 e 30,9 kg ha-1, respectivamente, para amendoim, mucuna e o pousio. A única leguminosa de grão colhida foi amendoim que produziu aproximadamente 1,000 kg ha-1. A produtividade da cultura de milho (variedades Caiana e Sol da Manhã) variou de 1,958 a 2,971 kg ha-1 de grãos, sendo mais alta após mucuna em ambas as variedades de milho e após amendoim na Sol da Manhã, seguida por Caiana após amendoim e por último o pousio normal. Para pequenos agricultores o sistema mais atrativo é o que inclui amendoim seguido pelo milho, uma vez que duas colheitas de grãos são possíveis. Contudo, o cálculo do balanço de N indicou que a seqüência amendoim-milho diminuiria, a longo-prazo, a reserva de N do solo, enquanto a seqüência mucuna-milho ajudaria a aumentar a reserva de N do solo.

Arachis hypogaea; Mucuna pruriens; Zea mays; abundância natural de 15N; adubos verdes; agricultura familiar; balanço de N; rotação de culturas


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