O assédio moral tornou-se uma discussão frequente no mundo do trabalho. Levando em consideração o aumento de relatos desta prática, o objetivo deste estudo foi investigar a prevalência de assédio moral em estudantes universitários que trabalham e averiguar quais são as características biosociodemográficas e laborais mais frequentes no grupo de trabalhadores que sofreram assédio moral. A amostra foi composta por 457 estudantes trabalhadores da região metropolitana de Porto Alegre/RS, utilizando como instrumentos um questionário Biosociodemográfico e Laboral e o Questionário de Atos Negativos (QAN). Constatou-se que 89,3% dos estudantes apresentaram escore de assédio moral de acordo com o QAN – medida objetiva. De acordo com a medida subjetiva, 11,2% dos participantes declararam ter sofrido assédio moral. Pode-se verificar altos índices da prática de atos hostis no trabalho, muitas vezes, vistos como atitudes corriqueiras e normais no ambiente laboral. Conclui-se que é necessário buscar alternativas para superar este problema, que já atinge uma parcela significativa de trabalhadores.
assédio moral; trabalho; violência; saúde