Resumo
Indivíduos que vivenciam um estado de solidão podem sentir uma incompletude em suas necessidades de pertença, acarretando um estado de privação social que pode afetar o seu bem-estar. Para melhor entendimento, três estudos (N = 939) objetivaram adaptar a versão reduzida da Escala de Solidão de De Jong Gierveld para o Brasil. Nos estudos 1 e 2, análises exploratória e confirmatória corroboraram a estrutura esperada de dois fatores correlacionados: emocional e social. Também se observaram evidências de validade convergente e invariância fatorial entre os gêneros. O estudo 3 avaliou as propriedades psicométricas da medida por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI) e indicou que os itens da escala apresentam níveis de dificuldade satisfatórios, discriminam participantes com níveis próximos de aptidão/endosso e sugerem que os fatores encontrados apresentam informações substanciais para uma larga porção do traço latente. Conclui-se que a medida é psicometricamente adequada para utilização no Brasil.
Palavras-chave:
solidão; escalas; medidas