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Trocas gasosas e crescimento de mudas de maracujazeiro sob estresse salino e peróxido de hidrogênio

RESUMO

A região semiárida do Nordeste brasileiro apresenta condições edafoclimáticas adequadas à produção do maracujazeiro, mas a água utilizada na irrigação, comumente, possui altas concentrações de sais, que são prejudiciais ao crescimento e desenvolvimento das plantas. O fornecimento prévio de peróxido de hidrogênio induz a aclimatação das plantas sob condições de estresse salino, reduzindo os efeitos deletérios sobre o seu crescimento e fisiologia. Objetivou-se avaliar as trocas gasosas e o crescimento do maracujazeiro, em função da irrigação com águas salinas e aplicação exógena de peróxido de hidrogênio. O estudo foi conduzido em casa-de-vegetação, utilizando-se delineamento de blocos casualizados, em arranjo fatorial 4 x 4, sendo quatro níveis de condutividade elétrica da água de irrigação (0,7 dS m-1; 1,4 dS m-1; 2,1 dS m-1; e 2,8 dS m-1) e quatro concentrações de peróxido de hidrogênio (0 µM, 25 µM, 50 µM e 75 µM), com quatro repetições e duas plantas por parcela. A aplicação de peróxido de hidrogênio atenuou os efeitos deletérios da salinidade da água de irrigação sobre a transpiração, taxa de assimilação de CO2, concentração interna de carbono, altura de planta e área foliar do maracujazeiro amarelo, aos 60 dias após a semeadura, sendo a concentração de 25 µM a mais eficiente. A irrigação com água de condutividade elétrica acima de 0,7 dS m-1 afeta negativamente as trocas gasosas e o crescimento do maracujazeiro, sendo a condutância estomática e a área foliar as variáveis mais sensíveis ao estresse salino.

PALAVRAS-CHAVE:
Passiflora edulis f. flavicarpa; águas salinas; aclimatação

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