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Caracterização de Sarocladium oryzae e seu potencial na redução de brusone foliar em arroz

RESUMO

O manejo integrado de brusone (Magnaporthe oryzae) em arroz é realizado, principalmente, com a adoção de controle químico. No entanto, a busca por práticas alternativas tem crescido nos últimos anos. Assim, avaliou-se a variabilidade de 28 isolados de Sarocladium oryzae, quanto à produção de cerulenina, e o seu potencial na redução da severidade de brusone foliar em arroz, quantificando-se a atividade de enzimas ligadas ao mecanismo de defesa das plantas. Mais de 55 % dos isolados de S. oryzae foram antagônicos aos patógenos M. oryzae, Cochliobolus miyabeanus, Thanatephorus cucumeris e Monographella albescens, e 60 % dos isolados produziram cerulenina em níveis detectáveis. Tanto BRM 6461 (296,0 µg mL-1) quanto BRM 6493 (cerulenina não detectável) inibiram a formação de apressórios de M. oryzae em 89,5 % e 85 %, respectivamente. O isolado BRM 6461, aplicado na forma de suspensão de conídios e filtrado, reduziu a severidade da brusone em 68,8 % e 75,5 %, respectivamente. A atividade enzimática, na presença de M. oryzae, foi maior para lipoxigenase após 5 h (filtrado) e 24 h e 72 h (suspensão de conídios) da inoculação do patógeno. Para fenilalanina-amônia liase, a maior expressão ocorreu após 5 h (filtrado) e 72 h (suspensão de conídios). As enzimas quitinase, β-1,3-glucanase e peroxidase e o fitohormônio ácido salicílico não apresentaram diferenças em relação aos controles (água e M. oryzae). O filtrado do isolado BRM 6461, constituído basicamente por cerulenina, reduziu a severidade da brusone e, possivelmente, ativou os mecanismos de defesa da planta de arroz contra M. oryzae.

PALAVRAS-CHAVE:
Magnaporthe oryzae; cerulenina; biocontrole; atividade enzimática

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