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Compatibilidade e produção de quiabeiro ‘Santa Cruz 47’ sobre porta-enxertos da família Malvaceae

RESUMO

O uso pouco difundido da enxertia em quiabeiro, principalmente para incorporar resistência a nematoides, requer avaliação de compatibilidades interespecíficas. Objetivou-se determinar a compatibilidade do quiabeiro ‘Santa Cruz 47’ em diferentes porta-enxertos da família Malvaceae. A pesquisa foi dividida em duas etapas experimentais, sendo os tratamentos constituídos por plantas de quiabeiro pé-franco, autoenxertadas ou enxertadas sobre porta-enxertos de malva, vinagreira e algodoeiro arbóreo. Para a primeira etapa, adotou-se o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições e mudas conduzidas em câmara úmida. Na segunda etapa, as mudas foram transplantadas para casa-de-vegetação, empregando-se o delineamento em blocos ao acaso, com cinco repetições. Os resultados da primeira etapa mostraram que a autoenxertia proporcionou melhor desempenho nas características de crescimento avaliadas, exceto para o diâmetro da região enxertada. Não houve diferença entre os tratamentos para a porcentagem de enxertos vivos. Na segunda etapa, o uso da vinagreira como porta-enxerto possibilitou adequado desenvolvimento vegetativo, mas não diferiu dos tratamentos autoenxertia e porta-enxerto de malva para a porcentagem de enxertos vivos. Os tratamentos não diferiram em diâmetro, comprimento e massa média de frutos. As enxertias em vinagreira foram as mais precoces, com médias estimadas de produção por planta (478,75 g), produtividade comercial (10,07 t ha-1) e produtividade total (10,64 t ha-1) similares às obtidas para autoenxertia e pé-franco. Logo, entre os porta-enxertos avaliados, a vinagreira foi identificada como o mais promissor para enxertia com quiabeiro.

PALAVRAS-CHAVE:
Abelmoschus esculentus; enxertia; heteroenxertos

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