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Secagem convencional de casca de mandioca proveniente de resíduos de indústria de amido

Conventional drying of cassava peel from starch industry waste

Cascas de mandioca provenientes de resíduos de fecularias são altamente perecíveis. A secagem apresenta-se como alternativa na armazenagem segura e livre do desenvolvimento de micro-organismos, para a produção de farinha com aplicabilidade na alimentação humana. Este trabalho objetivou estudar a cinética e modelagem da secagem de cascas de mandioca, utilizando-se planejamento experimental central composto rotacional. Foram realizados 11 testes, empregando-se diferentes temperaturas (53ºC, 55ºC, 60ºC, 65ºC e 67ºC) e fluxos de ar (0,0159 m³ kg-1 s-1; 0,0166 m³ kg-1 s-1; 0,0183 m³ kg-1 s-1; 0,0199 m³ kg-1 s-1; e 0,0206 m³ kg-1 s-1). A secagem foi realizada em secador convencional de bandejas, sendo determinados os tempos de secagem, parâmetros instrumentais de cor (luminosidade - L*; coordenadas a* e b*), acidez titulável e pH das amostras de farinha obtidas após moagem das cascas desidratadas de cada ensaio de secagem. Observou-se tendência ao clareamento do material, com o aumento da temperatura. Ocorreu pequena variação nos valores de acidez titulável e pH das amostras analisadas. A temperatura e a velocidade do ar influenciaram na cinética de secagem, pois, com o aumento de ambas, o tempo de secagem das cascas foi reduzido. O tempo mínimo de secagem (420 min.) foi obtido quando a temperatura do secador foi ajustada para 67ºC e o fluxo de ar para 0,0183 m³ kg-1 s-1. Este foi considerado o ajuste ideal, pois minimizou o tempo de processamento, sem alterar as características do produto. O modelo de Crank para geometria plana ajustou-se bem aos dados experimentais obtidos na secagem da casca de mandioca.

Manihot esculenta Crantz; cinética de secagem; farinha de casca de mandioca; resíduo agroindustrial


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