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Psicologia e Destruição do Psiquismo: a Utilização Profissional do Conhecimento Psicológico para a Tortura de Presos Políticos

Resumo:

O artigo aborda o tema da utilização da Psicologia para a tortura de presos políticos no mundo e especialmente na América Latina. Primeiro discorre-se acerca do recente debate sobre os psicólogos torturadores dos Estados Unidos. Logo recorda-se os precedentes do emprego da Psicologia para torturar na Alemanha nazista, na Espanha franquista, na repressão colonial francesa na Argélia e na estratégia militar estadunidense durante a Guerra Fria. A consideração de tais precedentes e do recente debate nos Estados Unidos permite chegar a uma representação geral da forma com que a Psicologia opera na tortura como forma de supressão e desintegração do psiquismo. Esta representação geral guia uma análise dos casos de quatro profissionais de saúde mental que colocaram suas profissões ao serviço de regimes autoritários latino-americanos para torturar presos políticos entre os anos 60 e 70 do século XX: o psiquiatra mexicano Salvador Roquet, o psicanalista brasileiro Amílcar Lobo Moreira, o psicólogo uruguaio Dolcey Brito e o psicólogo chileno Hernán Tuane.

Palavras-chave:
Ditadura; Tortura; Psicologia; Psicanálise; Psiquiatria

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