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Editorial

EDITORIAL

Finalizamos com o número 32.4, mais um ano de trabalho na revista Psicologia: Ciência e Profissão, do Conselho Federal de Psicologia ano este intenso, marcado pelas comemorações dos 50 anos da regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil e que contou com a realização do número especial da revista Psicologia: Ciência e Profissão, lançado na 2a. Mostra de Práticas em Psicologia, no mês de setembro, em São Paulo.

Analisando os números publicados, é possível considerar que a profissão se encontra, cada vez mais, articulada com a formação profissional, tanto em nível de graduação, como também de pós-Graduação, buscando inserção em políticas públicas, desenvolvendo referenciais interpretativos que visem responder, minimamente, aos muitos desafios postos nas relações sociais, humanas.

Duas marcas podem ser minimamente identificadas nesse percurso da profissão no Brasil: a da pluralidade e a da conquista de direitos.

Ao olharmos os textos e as discussões apresentadas nesta Revista, durante o ano de 2012, verificamos a diversidade de temas, de abordagens, de experiências realizadas em diferentes esferas da vida. Referenciais interpretativos de diversas ordens epistemológicas para compreender a subjetividade humana nos levam à necessidade de rupturas epistemológicas centradas em visões de homem e de ciência na direção da complexidade, do interesse pela história, pela complexidade dos determinantes sociais e culturais, pela compreensão da subjetividade humana na direção de suas inter-relações e redes de complexidade.

Jorge Larrosa, importante educador espanhol, afirma: “costuma-se pensar a educação do ponto de vista da relação entre a ciência e a técnica ou, às vezes, do ponto de vista da relação entre teoria e prática. Se o par ciência/técnica remete a uma perspectiva positiva e retificadora, o par teoria/prática remete sobretudo a uma perspectiva política e crítica”

Fazendo nossas as palavras de Larrrosa, costuma-se pensar a Psicologia do ponto de vista da relação entre ciência e técnica, mas pensá-la sob a ótica da teoria e da prática nos remete, sobretudo a uma perspectiva política e crítica. Essa perspectiva se instaura a partir de uma ética centrada nos direitos humanos, na sociedade democrática, no respeito à diversidade e às diferenças, no enfrentamento às desigualdades sociais.

Esse caminho é novo, encontra-se em construção e conta com a ampliação das discussões e da organização de profissionais de Psicologia na interface com as ciências humanas, sociais, políticas e econômicas.

É essa a Psicologia que estamos construindo! É essa a Psicologia que hoje nos faz sentido...

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Abr 2013
  • Data do Fascículo
    2012
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