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Gramíneas Alelopáticas Podem Limitar a Germinação de Sementes e o Crescimento de Plântulas de Mutambo? Um Teste com Duas Espécies de Braquiárias

RESUMO

O estabelecimento de espécies arbóreas em áreas de pastagens pode ser inibido, pelo menos em parte, pela alelopatia das gramíneas, o que pode representar uma importante limitação por alterar tanto os padrões de germinação como os de crescimento de plântulas das espécies arbóreas. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial alelopático de Urochloa brizantha e U. decumbens na germinação, crescimento e metabolismo de plântulas de Guazuma ulmifolia. Foram realizados bioensaios em que se avaliou o efeito do extrato bruto e das frações semipurificadas (fração hexânica, fração acetato de etila e fração etanol/água) de U. brizantha e U. decumbens, usando delineamento completamente aleatorizado, com quatro concentrações (0, 250, 500, 1.000 mg L-1) e quatro repetições. As variáveis analisadas foram porcentagem de germinação, tempo médio de germinação, crescimento da raiz primária da radícula e do hipocótilo, atividade da catalase e peroxidase, conteúdo de clorofila e respiração radicular. Os resultados mostraram que as duas gramíneas apresentaram efeito inibitório no metabolismo de G. ulmifolia, afetando tanto a germinação como o crescimento de plântulas e induzindo o metabolismo de defesa. Assim, esses resultados mostraram que as espécies de gramíneas avaliadas têm o potencial de restringir a reintrodução de G. ulmifolia em áreas de pastagem devido à competição por interferência.

Palavras-chave:
Guazuma ulmifolia; competição por interferência; gramíneas exóticas; semeadura direta; restauração; Urochloa

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