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Tolerância de Espécies Anuais de Inverno a Herbicidas Inibidores da Protoporfirinogênio Oxidase (Protox)

RESUMO:

O emprego de espécies vegetais para fitorremediação de solos contaminados com herbicidas é uma alternativa que vem ganhando destaque para minimizar os efeitos da persistência de agrotóxicos no ambiente. Objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial de tolerância de espécies de inverno em solo contaminado com sulfentrazone e fomesafen. O experimento foi montado em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. Foram aplicadas doses dos herbicidas fomesafen (0,0, 0,125, 0,250 e 0,5 kg ha-1) e de sulfentrazone (0,0, 0,3, 0,6 e 1,2 kg ha-1) em pré-emergência das espécies fitorremediadoras (aveia-preta, cornichão, ervilhaca, nabo e tremoço). Aos 45 dias após a emergência das espécies, foram avaliadas as variáveis fitotoxicidade (%), área foliar (cm2), diâmetro de colmo e/ou caule (mm), altura (cm) e massa seca (g) das plantas. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F; havendo significância, aplicaram-se regressões lineares ou não lineares para avaliar o efeito das doses dos herbicidas sobre as espécies estudadas. O cornichão foi a espécie menos tolerante aos herbicidas fomesafen e sulfentrazone. A aveia-preta foi pouco afetada pelas doses de fomesafen, porém foi altamente suscetível ao sulfentrazone. O nabo tolerou o fomesafen apenas até a dose de 0,25 kg ha-1; em relação ao sulfentrazone, a espécie foi tolerante. A espécie mais tolerante ao fomesafen e ao sulfentrazone, independentemente da dose, foi o tremoço, o qual se apresenta como uma possível alternativa para a fitorremediação de solos contaminados com esses herbicidas.

Palavras chave:
sulfentrazone; fomesafen; fitorremediação; Lupineus albus

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