RESUMO:
Plantas em solos com baixa disponibilidade hídrica podem apresentar redução da área foliar, da taxa fotossintética e menor suprimento de assimilados para as sementes. O conhecimento da qualidade fisiológica e da produção de sementes de plantas daninhas geradas sob condições de déficit hídrico pode contribuir para o entendimento de estratégias de sobrevivência e competição das espécies. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do estresse hídrico da planta sobre a produção e a germinação das sementes de Bidens pilosa e Raphanus raphanistrum. As plantas foram mantidas em solos com diferentes potenciais hídricos (-0,03, -0,07 e -1,5 MPa) durante todo o ciclo, até a produção de sementes. Na fase de produção de sementes, estas foram colhidas e realizaram-se as seguintes avaliações: número de sementes por planta e quantidade de sementes por vagem (nabiça). A avaliação da germinação dessas sementes foi feita sobre papel umedecido com quatro repetições, a 20-35 oC e 8 horas de luz, semanalmente, até os 28 dias após semeadura. O delineamento utilizado no experimento foi inteiramente casualizado com três tratamentos (potenciais hídricos no solo: -0,03 MPa, -0,07 MPa e -1,5 MPa). Os resultados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, e as médias dos tratamentos, comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Concluiu-se que o picão-preto é mais adaptado às condições de déficit hídrico do que a nabiça, devido à maior produção de sementes com maior vigor e germinação.
Palavras-chave:
germinação; vigor; disponibilidade hídrica