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Mecanismo de Resistência do Capim-Amargoso ao Herbicida Glyphosate

RESUMO:

O conhecimento do mecanismo que confere a uma planta daninha resistência a um determinado herbicida é de fundamental importância tanto sob o aspecto científico e acadêmico, como prático, pois determina as recomendações de prevenção e manejo da resistência no campo. Os estudos até o momento sobre os mecanismos de resistência do capim-amargoso (Digitaria insularis) ao glyphosate existentes na literatura não são conclusivos. Assim, o intuito desta pesquisa foi estudar e avaliar os possíveis mecanismos que conferem resistência aos biótipos de capim-amargoso para sobreviver ao controle pelo glyphosate. Para isso, foi comparada a absorção foliar e translocação do 14C-glyphosate nos biótipos de Matão (R), Campo Florido (MG), Diamantino (MT) e Iracemápolis (S), em função do tempo após sua aplicação. Além disso, também foi estudada a possibilidade de o mecanismo de resistência ser resultante de mutação no gene que codifica a EPSPs. Os biótipos S, R, MG e MT absorveram quantidades similares de 14C-glyphosate. Os biótipos R, MG e MT não apresentaram diferenças de translocação de 14C-glyphosate quando comparados com o biótipo S. O sequenciamento do gene que codifica a EPSPs mostrou não haver mutação nas regiões 106 e 182, as quais normalmente conferem resistência em outras espécies ao glyphosate. Nenhuma mutação no gene que codifica a EPSPs foi observada. Conclui-se que esses não são os mecanismos de resistência ao glyphosate para os biótipos avaliados.

Palavras-chave:
absorção; translocação; mutação; 14C-glyphosate; Digitaria insularis

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