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Período crítico do controle de infestantes na cultura da batateira na Província do Huambo (Angola)

Com o objectivo de obter recomendações mais precisas para a gestão das infestantes na cultura da batata 'Romano' avaliou-se o efeito de diferentes períodos de controle e de convivência em três locais do Planalto Central de Angola e em três épocas de crescimento da cultura. O delineamento experimental, por local, consistiu em blocos casualizados com três repetições. Os tratamentos consistiram de seis intervalos de controle nos quais a cultura foi mantida livre de infestantes e após cada período estas foram deixadas crescer livremente; e de seis períodos de convivência, nos quais a cultura foi mantida na presença das infestantes e após cada período estas foram eliminadas até à colheita. Os períodos de controle e convivência para determinar o início do período crítico foram 20, 30, 40, 50, 60 dias após emergência da cultura (DAE), e até colheita, além de uma testemunha sempre limpa e outra sempre com a presença de infestantes. A produção total de batata variou entre cerca de 22 t ha-1 na testemunha livre de infestantes e 3 t ha-1 na testemunha sempre com infestantes uma perda na produção de 86%. Foram identificadas 15 famílias e 51 taxa. As famílias dominantes foram Asteraceae (30%), Fabaceae (18%), Poaceae (12%) e Solanaceae (6%). As principais espécies Galinsoga parviflora, Cyperus esculentus, Bidens biternata, Amaranthus hybridus, Nicandra physalodes, Portulaca oleracea e Datura stramonium diferiam na sua abundância de local para local. A espécie G. parviflora era dominante nos três locais de estudo 73, 97 e 72 plantas m-2 50 DAE no Bailundo, Chianga e Calenga, respectivamente, na estação seca; enquanto C. esculentus esteve sempre presente na Chianga e na Calenga, com uma densidade média de ca 30 plantas m-2 na estação seca. As equações do modelo exponencial foram ajustadas aos dados de biomassa seca de infestantes enquanto que as equações de Gompertz e a logística foram ajustadas aos dados de produção de batata obtidas nos períodos crescentes de controle e períodos de convivência estudados, respectivamente. Os períodos críticos, para uma perda na produção de 5%, foram de 26 a 66 e de 20 a 61 DAE para a estação das chuvas e da seca, respectivamente. Em síntese, em Angola (Plantalto Central) o início e o fim do período crítico variaram com a época de cultura da batata. O período de prevenção da interferência foi de 40 e 41 dias para a época das chuvas e da seca (regadio), respectivamente.

Solanum tuberosum; produção; África tropical


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