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O bebê com zika e o pai (d)eficiente

The baby with zika and the (dis)efficient father

Resumo

Introdução: O aspecto subjetivo se revela no cuidado que o sujeito oferece e permite ressignificar sua subjetividade, atribuindo sentidos às experiências vividas no contexto inserido. Assim, familiares e profissionais criam manejos de cuidado aos bebês de acordo com suas necessidades, neste caso, bebês acometidos pelo vírus Zika. Objetivo: analisar a dimensão subjetiva implicada nos cuidados ofertados por pais homens aos bebês com síndrome congênita do Zika (SCZv). Método: Trata-se de pesquisa qualitativa com pais e profissionais de um serviço aos bebês com SCZv. Foram realizadas entrevistas individuais, grupos focais e a observação participante. Resultados: Em cenário de protagonismo materno, a presença paterna é quase ausente na maioria das famílias, mas quando há, os pais se mostram bastante atuantes no cuidado. Tais ações paternas são moldadas pela lógica masculina, como o apoio emocional dirigido à mulher, mas a não expressão das próprias emoções, além de atividades predominantes fora do lar. Na perspectiva paterna, é importante considerarmos o movimento tautológico de todos os lados possíveis promotores do afastamento dos pais - ora eles mesmos, ora a mãe, ora o serviço de saúde - para assim permitir o desfocar dos pré-conceitos e possibilitar a reflexão conjunta das inúmeras formas de exercitar a paternidade.

Palavras-chave:
Zika vírus; Paternidade; Saúde Mental; Saúde Pública.

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