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Perfil em saúde bucal de profissionais de educação e saúde que atendem crianças portadoras de necessidades especiais

O objetivo deste estudo foi avaliar conhecimentos e atitudes em saúde bucal dos profissionais de educação e saúde, que atuam em um programa de atenção à criança de 0 a 6 anos de idade, portadora de necessidades especiais, em uma instituição municipal pública do Rio de Janeiro. Por meio de um formulário, foram entrevistados 67 profissionais (professoras, atendentes e profissionais de saúde). Os resultados foram comparados aos hábitos de higiene bucal das crianças, através da observação direta da rotina da creche. Embora 97,0% tenham afirmado que a saúde bucal pode interferir na saúde geral, somente 37,3% dos profissionais responderam corretamente a respeito dessa interferência. Quanto aos métodos de prevenção da cárie, 92,5% afirmaram conhecê-los, contudo somente 17,9% foram ao dentista para prevenção. A maioria (81,3%) indicou a higiene bucal como o modo de prevenir a cárie, porém a observação mostrou que nem sempre esta prática é realizada na creche. Quanto à época do início da escovação dos dentes das crianças, 75,0% das professoras e 94,4% dos profissionais de saúde afirmaram conhecer a necessidade de iniciar a escovação antes de um ano de vida, sendo essa resposta observada em somente 52,5% das atendentes (qui-quadrado, p = 0,006). Diante desses resultados, pôde-se concluir que as atitudes em saúde bucal nem sempre foram coerentes com os conhecimentos expressados por esses profissionais.

Saúde escolar; Educação em Odontologia; Saúde bucal; Higiene bucal; Crianças portadoras de deficiência


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