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Sob as rédeas do telefone móvel? Controle social, normalização e resistência

Os celulares são uma tecnologia constitutiva e inclusiva das relações sociais. Suas práticas associadas participam na formação do sujeito comum em nossos dias por meio do controle social, da normalização e da resistência, mecanismos que não foram suficientemente abordados, os quais pretendemos dar conta com este trabalho. A partir dos conceitos de poder e resistência, performatividade, táticas e estratégias, analisaremos a noção de controle social para dar conta deste objetivo. Foram utilizados grupos de discussão e descrição densa para a análise. Os resultados indicam que o celular atua como mediador, no sentido latouriano: no ato de contatar alguém esses dispositivos permitem que passem ou não coisas, modificando as intenções de seu uso, redefinindo as relações e propiciando, assim, efeitos de normalização, controle social e resistência. Tais processos reagem mutuamente: o funcionamento do poder alimenta a resistência e vice-versa.

controle social; normalização; Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC); celulares; Actor Network Theory (ANT)


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