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O corpo e seus limites: entre o tecnicismo biológico e a narrativa estética

The body and its limits: between the biological technicism and the aesthetic narrative

Na modernidade, o corpo foi tomado como um lugar reservado à identidade e ao espaço de diferenciação com os objetos do mundo. Essa marcação subjetiva do corpo pressupõe a referência à ideia de finitude, ou seja, aos condicionamentos biológicos e sócio-culturais do indivíduo, de acordo com a perspectiva foucaultiana sobre o surgimento das ciências humanas. Atualmente, em função dos desenvolvimentos da biotecnologia, a manipulação do corpo, explorada em seu caráter objetivo, tornou-se cada vez mais eficiente e autônoma em relação a qualquer restrição individual. Em face desses discursos biotecnológicos, posiciona-se uma experimentação literária do corpo que o aborda em sua materialidade, mas a partir de uma narrativa que inscreve nas células e órgãos recortes de um sujeito. Dessa forma, se reconhece que, a propósito da dimensão subjetiva do corpo, as intervenções tecnocientíficas ainda não determinaram completamente uma descontinuidade entre a modernidade e a chamada "pós-modernidade".

biotecnologia; corpo; psicanálise; Michel Foucault; Jeanette Winterson


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