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Subjetividade em movimento: o MST no Rio Grande do Norte

Subjectivity in movement: the MST in Rio Grande do Norte

Este trabalho propõe uma discussão acerca dos processos de subjetivação em trabalhadores sem-terra acampados, vinculados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Rio Grande do Norte. Elegemos como dispositivos de subjetivação a vivência cotidiana do acampamento e o discurso político do MST. Foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas junto a dezesseis trabalhadores e trabalhadoras e observações das práticas cotidianas do grupo. Os resultados apontam a emergência de produções subjetivas articuladas ao projeto coletivista político-ideológico do MST, materializadas na figura do "Sem-Terra", bem como modos singulares de subjetivação que implicam na criação de espaços de ruptura que, muitas vezes, se chocam com a perspectiva macropolítica desse movimento social. Pretendemos enfatizar que os novos arranjos subjetivos que emergem e se movimentam são efeitos dos modos de uso do corpo e de apropriação do espaço ocupado e configuram-se como elementos imprescindíveis de sustentação do movimento enquanto uma experiência de resistência no seio do capital.

produção de subjetividade; MST; práticas cotidianas


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