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QUANTAS SOLIDÕES HABITAM A CORPA DE UMA TRAVESTI NEGRA E GORDA?

¿CUÁNTAS SOLEDADES HABITAN LA CUERPA DE UNA TRAVESTI GORDA Y NEGRA?

HOW MANY LONELINESS CAN LIVE IN A BLACK AND FAT TRANSVESTITE BODY?

Resumo

Este artigo é resultado de uma cartografia de si a partir de minhas experivivências como travesti negra e gorda no processo de compreender as diversas formas de solidão que atravessam minha subjetividade, desde a solidão estética, pensada por meio da ausência de representatividade, à solidão afetiva, decorrente do esvaziamento das possibilidades relacionais, mediante uma perspectiva romântica e além. Neste sentido, objetivo analisar os efeitos da colonialidade na produção de solidões e violências em minhas experivivências, enquanto apresento o Afrotranscentramento como uma possibilidade de cura às feridas coloniais. Metodologicamente, a cartografia possibilita mergulhar de forma encarnada em minhas experivivências, desenhando um mapa das afecções que povoam em mim na relação com as solidões. As experivivências afrotranscentradas provocam a clínica psi a romper com o pacto narcísico da branquitude cisheteronormativa. Nesta medida, o afrotranscentramento é um ébo de cura à carga colonial da solidão.

Palavras-chave:
Solidão; Travesti Negra e Gorda; Cartografia; Afrotranscentramento; Decolonialidade

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