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Preditores Epidemiológicos e Clínicos de Afastamentos por TMC em Servidores Públicos

Resumo

O objetivo do artigo foi verificar a associação entre preditores clínicos e epidemiológicos de afastamento do trabalho por transtorno mental em servidores públicos. Duas bases de dados foram utilizadas: uma epidemiológica, com dados demográficos e ocupacionais dos servidores do Estado de Santa Catarina, possibilitando cálculos de prevalência nessa população; outra clínica, com resultados de três instrumentos numa amostra representativa de 822 servidores. As prevalências das variáveis epidemiológicas de cada servidor da amostra foram associadas aos seus respectivos escores de instrumentos clínicos, permitindo comparações entre predições clínicas e epidemiológicas. Como resultado, observou-se que modelos de regressão envolvendo dados clínicos e epidemiológicos ao mesmo tempo explicam parcelas maiores da variância dos benefícios concedidos (chegando a 60,7%). Por fim, conclui-se que, apesar de psicologia e epidemiologia serem ciências distintas, suas notáveis contribuições para a saúde complementam-se. Tal articulação é raramente vista na literatura nacional e internacional e extrapola a tradição psicológica de estudos clínicos, enriquecendo-a no intuito de fomentar a promoção e proteção à saúde mental, assim como a prevenção contra transtornos mentais, em ambientes de trabalho.

Palavras-Chave:
transtornos mentais; prevalência; saúde mental; análise de regressão; psicometria

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