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Causas de mortalidade de aves marinhas encalhadas na costa do Nordeste do Brasil

RESUMO:

O objetivo deste trabalho foi determinar as principais espécies de aves marinhas encalhadas na costa do Nordeste do Brasil, bem como as mais frequentes causas de encalhe e mortalidade. O estudo foi desenvolvido em área monitorada durante três anos (2012-2014), entre o litoral sul de Alagoas e o litoral norte da Bahia, perfazendo um total de 254km de extensão da costa. As aves encontradas vivas foram encaminhadas para reabilitação e examinadas clinicamente; as carcaças foram removidas, necropsiadas e os órgãos foram analisados por meio da histopatologia. Um total de 1.347 aves foi encontrado, encalhadas. Dessas, 378 estavam vivas e foram encaminhadas para a reabilitação. Das 969 aves marinhas mortas, 806 estavam impróprias para realização de necropsia, sendo apenas 163 submetidas à necropsia e análise histopatológica. Calonectris borealis, Puffinus gravis e Puffinus puffinus foram as principais espécies encontradas na área estudada. A maioria dos encalhes para grande parte das aves marinhas ocorreram de março a junho, com um aumento durante abril e maio. Os principais sinais clínicos das aves marinhas consistiram em inapetência, apatia, baixo escore corporal, hipotermia, dificuldade de voo ou movimento e decúbito prolongado. Causas naturais, seguidas de doenças infecciosas e fatores antropogênicos, foram as principais causas de mortes de aves marinhas encalhadas na costa do Nordeste do Brasil.

TERMOS DE INDEXAÇÃO:
Aves marinhas; encalhe; doenças de aves selvagens; conservação da vida selvagem; mortalidade; animais selvagens

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