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Osteodistrofia fibrosa nutricional em caprinos

Sete de um total de 25 caprinos jovens (menos de um ano de idade) de um rebanho no sul do Brasil desenvolveram osteodistrofia fibrosa nutricional. Os animais afetados eram confinados em baias e alimentados com concentrado, cuja relação Ca:P era 1:6. O restante do rebanho (35 cabras) era mantido na pastagem e não desenvolveu a doença. Os sinais clínicos se caracterizaram por aumento de volume da mandibula e maxila, vários graus de abertura de boca com protrusão da língua, em associação com dispneia e anormalidades de apreensão de alimento e mastigação. Os animais afetados apresentaram os níveis séricos de fósforo e paratormônio aumentados, bem como maior atividade de fosfatase alcalina. Três caprinos foram necropsiados e os achados de necropsia incluíram aumento bilateral da maxi-la e mandíbula, dentes frouxos, além de múltiplas fraturas incompletas de costelas em um caprino. Microscopicamente, havia intensa proliferação de tecido conjuntivo frouxo ao redor de trabéculas ósseas, muitas das quais estavam parcial ou completamente não mineralizadas. Trabéculas ósseas mineralizadas apresentaram osteoclastos em lacunas de Howship.

Doenças de caprinos; osteodistrofia fibrosa; hiperparatireoidismo; hiperfosfatemia


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