Fig.1:
Linfoma. (A) Linfonodo afetado aumentado de volume e com arquitetura substituída, por uma massa branca-amarelada, com áreas vermelhas de hemorragia; não há distinção entre as camadas cortical e medular. (B) Abomaso com dobras da mucosa espessadas e brancacentas devido à infiltração tumoral. Observam-se também úlceras lineares multifocais. (C) As paredes do átrio e ventrículo direitos mostram áreas brancacentas que correspondem à infiltração tumoral. (D) Histopatologia do miocárdio. As miofibras cardíacas estão parcialmente substituídas por um manto de células redondas, pequenas e monomórficas que possuem limites citoplasmáticos distintos, citoplasma escasso e núcleo redondo e fortemente basofílico. HE, obj.20x.
Fig.2:
Carcinoma de células escamosas. (A) Esôfago, secção transversal. Massa irregular, branca-amarelada, lobulada envolvendo o esôfago (estrutura tubular localizada na porção superior esquerda da foto). Os focos amarelo-ouro dispersos na massa tumoral correspondem às áreas de ceratinização. (B) Histopatologia do tumor mostrado em A. Observam-se ninhos de células escamosas de citoplasma abundante, circundados por acentuada reação desmoplásica e células inflamatórias mononucleares e alguns neutrófilos. No centro dos ninhos observa-se ceratina produzida pelas células neoplásicas em diferentes estágios de desenvolvimento. Em alguns ninhos a ceratina forma camadas concêntricas fortemente eosinofílicas (pérolas de ceratina). HE, obj.20x.
Fig.3:
Feocromocitoma, adrenal. (A) Massa castanho-avermelhada, com áreas de necrose e hemorragia e cavitações multifocais localizada próxima ao rim. Essa massa tinha 20x17x7 cm e pesava 1,5Kg. Ao corte a faca rangia devido ao tecido ósseo em meio ao tumor. (B) Histopatologia de A. Observam-se pacotes de células neoplásicas separados por finos septos de tecido conjuntivo fibroso e circundados por canais vasculares. As células possuem citoplasma alongado, com o núcleo pequeno, alongado e hipercromático. HE, obj.20x.
Fig.4:
Carcinoma de células renais. O parênquima renal foi substituído por tecido brancacento e firme em meio ao qual veem-se focos amarelos e cistos contendo material líquido marrom (pus). A gordura perirrenal está endurecida e apresenta-se parcialmente mineralizada (necrose da gordura).
Fig.5:
Lipoma. (A) Protraindo pelo osso frontal há uma massa de aproximadamente 15 cm de diâmetro de aspecto semelhante à gordura (B) Ao corte longitudinal da cabeça, observa-se que a massa se estende da região do tálamo (T) até a superfície externa do osso frontal, passando por uma fenda (setas), interpretada como um defeito disráfico (craniósquise), e comprimindo o telencéfalo. No centro, a massa é constituída por material cartilaginoso. Cn = cavidade nasal; Cr = colículo rostral; be = osso basoesfenoide; C = cerebelo. (C) Lipoma da região lombar de um bovino. Massa semelhante à gordura recoberta por pele. No centro da massa há um pequeno fragmento de tecido cartilaginoso. A diferença de coloração observada na fotografia é devido ao congelamento do material. (D) Histopatologia de A-B. Células neoplásicas com o citoplasma bem definido e vacuolizado, e núcleo deslocado para a periferia, semelhante a lipócitos maduros. HE, obj.20x.
Fig.6:
Ovário. Tumor de células da granulosa. (A) Há alteração da arquitetura ovariana por uma massa de, aproximadamente, 25 cm de diâmetro, com múltiplos nódulos amarelos, separados por finos septos de um tecido brancacento. No centro desses nódulos observam-se pequenos cistos preenchidos por líquido amarelo claro ou coágulos sanguíneos. (B) Histopatologia de A. As células da granulosa neoplásicas formam estruturas que lembram folículos ovarianos, separadas por finos septos de tecido conjuntivo fibroso, muitas delas contendo material proteináceo no centro, estruturas morfologicamente compatíveis com corpúsculos de Call-Exner (CE).
Fig.7:
Leiomioma uterino (A) Útero. Há uma massa aderida de ≅10 cm de diâmetro, brancacenta e homogênea localizada no miométrio do corpo uterino. (B). Histopatologia de A. População homogênea de células alongadas densamente arranjadas em fascículos interlaçados, mimetizando o tecido muscular normal. HE, obj.20x.
Fig.8:
Papilomatose. (A e B) Tetos. (A) Há múltiplas estruturas papilares brancacentas, que se estendem para a pele adjacente. (B) Maior aproximação da lesão em A. (C) Rúmen. Papilomas císticos na mucosa. (D) Histopatologia de A. Projeção papilar de espessura variada, recoberta por epitélio escamoso estratificado acantótico com espessa camada córnea ortoceratótica. HE, obj.20x
Fig.9:
Tumores pulmonares primários. (A). Carcinoma pulmonar de pequenas células (CPPC). Nódulos amarelos recobertos por coágulos sanguíneos, distribuídos aleatoriamente por todo parênquima pulmonar. (B) Histopatologia de A mostrando células redondas ou fusiformes formando um manto difuso e frouxo, sustentado por um escasso estroma fibrovascular. HE, obj.10x. (C) Adenocarcinoma pulmonar. A massa afetava apenas um lobo pulmonar e apresenta múltiplos cistos ao corte. (D) Histopatologia de C. Observam-se células neoplásicas formando projeções papilíferas circundadas por um estroma fibroso. Há ácinos pulmonares dilatados multifocalmente. HE, obj.20x.
Fig.10:
Adenocarcinoma da glândula mamária (A). Múltiplas massas amareladas de, aproximadamente, 20 cm de diâmetro, com áreas hemorrágicas intercaladas por áreas esverdeadas (necrose). (B) Histopatologia de A. As células neoplásicas formam um manto frouxo e, ocasionalmente, ácinos com necrose e hemorragia central. HE, obj.20x.
Fig.11:
Fibroma interdigital. (A) Observa-se uma massa 12x8x3 cm, recoberta por crostas entre os dígitos de um membro pélvico. (B). Histopatologia de A. A massa é constituída por uma proliferação difusa de tecido conjuntivo fibroso bem diferenciado. HE, obj.10x.
Fig.12:
Lipossarcoma. (A) Massa na cavidade pleural fixada em uma das costelas, medindo cerca de 20x15x5 cm, amarela, com áreas de hemorragia e com múltiplos cistos. Ao corte possui fragmentos ósseos. (B) Histopatologia de A. Células redondas ou fusiformes proliferadas desorganizadamente ou arranjadas em ilhas ou feixes. As células apresentam vacúolos citoplasmáticos de diferentes tamanhos e núcleos pleomórficos comprimidos na periferia celular. HE, obj.20x.
Fig.13:
Tumor estromal gastrointestinal em um bovino. (A) Há uma massa de, aproximadamente, 15x10x5 cm, multilobulada, circundando a parede do intestino delgado (um corte transversal da luz do intestino é visto na porção inferior esquerda da foto) e obstruindo parte do lúmen intestinal. (B) Corte longitudinal da massa tumoral mostrando a superfície de corte brancacenta com estrias amarelas. (C) Histopatologia de A-B. Células fusiformes ou ovoides proliferadas, altamente pleomórficas, formando feixes que se entrelaçam em diferentes direções. HE, obj.10x. (D) Imuno-histoquímica de A-B. Forte marcação positiva das células intersticiais de Cajal para c-kit (CD117). Células intersticiais de Cajal são encontradas no trato gastrointestinal e são parte do sistema de marca-passo cardíaco na parede intestinal. Essas células são positivas para CD117 na imuno-histoquímica, enquanto as células musculares lisas são negativas. IHQ, obj.10x.
Fig.14:
Tumor melanocítico em um bovino. (A) Nódulo no tegumento da região mamária. Massa de 9,5x7,5x7,5 cm firme ao corte e com a superfície de corte lisa e preta. (B) Histopatologia de A. Observam-se células redondas ou fusiformes proliferadas formando um manto na derme superficial e profunda. Lâmina tratada com peróxido de hidrogênio durante 10 dias para retirada da melanina. HE, obj.20x.
Quadro 1:
Classificação dos 65 tumores encontrados em 544 lesões de bovinos pesquisadas em abatedouro frigorífico
Quadro 2:
Classificação dos 65 tumores deste estudo segundo o tecido de origem
Quadro 3:
Leucose bovina. Formas de apresentação em relação ao(s) órgão(s) afetado(s), idade de aparecimento dos tumores, frequência de ocorrência, presença (+) ou ausência (-) da infecção pelo vírus da leucemia bovina (VLB) e tipo de linfócito neoplásico