Resumo
Já existe um conjunto razoável de trabalhos que aplicaram a sociometria e a teoria de redes para caracterizar o arranjo de pesquisadores e/ou de instituições de pesquisa subjacente a um objeto específico de interesse, seja ele Programa de Pós-Graduação, periódico, congresso, campo teórico ou técnico. Se o objeto de interesse é circunscrito, o censo é razoável e pode ser empregado. Caso contrário, trabalha-se com uma fração da população obtida por amostragem. Contudo, o uso de amostra tem riscos que, sendo ignorados, podem comprometer os achados. Frente a essa questão, este trabalho teve por objetivos avaliar os riscos decorrentes do emprego de amostras em estudos de redes de coautoria e propor um encaminhamento alternativo a simplesmente desconsiderá-los. Para tanto, foram feitas 300 simulações de uma rede de coautoria, reduzindo-a em 5, 10, 15, 20, 25 e 30%, para depois testar a extrapolação a partir do modelo linear. Os resultados indicam que mesmo amostras relativamente grandes podem ser enganadoras. Ainda assim, foi possível inferir algumas das características estruturais da população a partir do método em consideração, de tal forma que esse desenvolvimento pode vir a ser um recurso interessante a fim de conferir maior confiabilidade à pesquisa na área.
redes; redes de pesquisadores; redes de coautoria; sociometria; simulação