Acessibilidade / Reportar erro

Economia solidária e autogestão: imprecisões e limites

Solidarity economics and self management: frontiers and ambivalences

PENSATA

Economia solidária e autogestão: imprecisões e limites

Solidarity economics and self management: frontiers and ambivalences

Armando de Melo Lisboa

UFSC

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

NOTAS

1 Isto é conforme o sentido mais vulgar de lucro. Em verdade, estamos recuperando a noção de que todos os sistemas econômicos se caracterizam pela produção de excedente, que no capitalismo assume a forma de lucro. Portanto, não estamos nos referindo ao lucro como remuneração do capital, como classicamente a economia política o definiu.

3 Crematística (ou ciência das riquezas, do grego krema, riqueza,) é o vocábulo utilizado por Aristóteles para designar as atividades orientadas meramente para a especulação e acumulação de mais dinheiro. Assim, Aristóteles distinguiu-as das formas de acumulação de riqueza voltadas para obtenção dos recursos necessários à vida e úteis à comunidade, as quais denominou de "economia".

11 Esta popular compreensão foi captada pela teoria econômica neoclássica na forma dum pensamento formalizado que não se pergunta sobre os fins e o sentido da atividade produtiva.

12 A partir de 1995 formaram-se na Argentina clubes de troca onde se realizam feiras orientadas pelos princípios da economia solidária, apenas com a intermediação de moedas sociais por eles cunhadas. Entre 2001 e 2002, com o colapso socioeconômico da Argentina e a subseqüente queda do presidente De la Rúa, chegaram a existir mais de 10.000 desses clubes, com cerca de 5 milhões de pessoas. Entretanto, a falsificação dessas moedas e disputas políticas geraram rápida perda da confiança e uma veloz desintegração desse outro mercado.

Aprovada em 10.05.2005.

Armando de Melo Lisboa

Professor do Departamento de Economia da UFSC. Doutor em Sociologia Econômica pela Universidade Técnica de Lisboa. Interesses de pesquisa nas áreas de sociologia econômica e economia ecológica. E-mail: alisboa@matrix.com.br Endereço: Rua Marcos Cardoso Filho, 286, Florianópolis – SC, 88037-040.

Pensata convidada.

  • 2 FRIEDMAN, M. Capitalismo e liberdade São Paulo: Abril Cultural, 1984. p. 122.
  • 4 GORZ, A. Miserias del presente, riqueza de lo posible Buenos Aires: Paidós, 1998. p. 126.
  • 5 POLANYI, K. A grande transformação Rio de Janeiro: Campus, 1980.
  • 6 COOMARASWAMY, A. apud SETHI, H. Swadeshi em debate na Índia. In: SANTOS, B. (Org.). Produzir para viver Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p. 152.
  • 7 BAUMAN, Z. Em busca da política Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. p. 189.
  • 8 GORZ, A. Adeus ao proletariado Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982. p. 116.
  • 9 LEFORT, C. A invenção democrática São Paulo: Brasiliense, 1983.
  • 10 GAIGER, L. I. Sentidos e experiências da economia solidária no Brasil Porto Alegre: UFRGS, 2004. p. 397.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Fev 2011
  • Data do Fascículo
    Set 2005
Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de S.Paulo Av 9 de Julho, 2029, 01313-902 S. Paulo - SP Brasil, Tel.: (55 11) 3799-7999, Fax: (55 11) 3799-7871 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: rae@fgv.br