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MOTIVOS QUE LEVAM OS ALUNOS A CURSAR GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS DO ESTADO DA PARAÍBA (PB)

CHOICE ABOUT ADMINISTRATION PROGRAM: A COMPARATIVE ANALYSIS BETWEEN A PUBLIC AND A PRIVATE INSTITUTION IN THE STATE OF PARAÍBA (PB)

RESUMO

Este artigo tem como objetivo analisar os motivos que levam os alunos de instituições universitárias públicas e privadas do Estado da Paraíba (PB) a cursar graduação em Administração. Realizou-se uma pesquisa com 619 estudantes, oriundos de instituições de Ensino Superior públicas e privadas, escolhidos de forma aleatória. Para coleta de dados, utilizou-se um questionário fechado, contendo 53 questões. Para análise dos dados, utilizou-se o programa SPSS, por meio do qual foram realizadas distribuições de freqüências e os testes não-paramétricos de Mann-Whitney e Qui-quadrado de Pearson. A principal razão que levou os alunos a cursarem Administração foi a obtenção de uma formação para o desempenho de uma profissão futura. As fontes de informação mais importantes utilizadas para a escolha do curso foram as revistas e os livros sobre Administração. Os itens mais importantes para a escolha do curso de Administração foram interesse pela área, desenvolvimento profissional satisfatório, posição profissional segura e obtenção de uma formação generalista.

PALAVRAS-CHAVE
Escolha de curso; Formação profissional; Administração; testes não paramétricos de Mann-Whitney; Qui-quadrado de Pearson

ABSTRACT

The purpose of this article is to verify the factors that influenced both the students of a public university and from private institution in the State of Paraíba (PB), Brazil, when they choose to get in some Administration course. The research involved 334 students with 194 from public and 140 from private institutions. The students were chosen randomly. An objective questionnaire with 53 questions was used in order to collect the data. The analysis of the data was developed using the SPSS program, through which, distributions of frequencies and the tests non-parametric of Mann-Whitney and Qui-square of Pearson were accomplished. The main reason that took the students to look for enroll an Administration course was to obtain a degree in order to develop a future profession. The more important sources of information used for the choice of this course were the magazines and books about Administration. The most important factors for the choice of this program were the interest for the area, the satisfactory professional development, the safe of this professional position, and obtaining a degree with a whole prospective.

KEYWORDS
Choice of course; Professional formation; Administration; Tests non-parametric; Qui-square of Pearson

1 INTRODUÇÃO

A questão da escolha profissional no Brasil tem sido, ao longo do tempo, um dos assuntos mais explorados por estudiosos das áreas de Humanidades, especialmente por pedagogos e psicólogos. Foi Super (1957)SUPER, D. E. The psychology of careers. New York: Harper & Row, 1957. um dos primeiros a propor uma concepção de escolha profissional com base em conceitos como maturidade, interesses e valores que indicam um processo de desenvolvimento, e que contrasta com a teoria dos traços e fatores, e ainda incluiu outros modelos que, segundo ele próprio e seus colaboradores, explicariam melhor a complexidade do comportamento vocacional de um indivíduo.

A escolha profissional nos anos 1990, em um momento de crise e mudança no mundo do trabalho, evidencia que as classes populares adotam atitudes realistas diante das escolhas profissionais, perdendo, muitas vezes, o desejo de realizar o curso de seu “sonho” e a crença na escola como forma de ascensão social. As profissões dos “sonhos” muitas vezes também tiveram de ser abandonadas em razão da realidade socioeconômica e de necessidades financeiras imediatas. Para os adolescentes, a atual situação do mercado de trabalho, o desejo de consumo e a pressão familiar fazem que as profissões escolhidas levem em consideração muito mais os aspectos financeiros imediatos do que os sonhos e projetos.

O ensino de Administração no Brasil foi reconhecido somente em 1961, apesar de a primeira instituição de Ensino Superior ter sido criada em 1941. Nos últimos dez anos, o ensino de Administração vem passando por um processo de ampliação com a criação de novos cursos, fato que vem apresentando, como conseqüência, o aumento do número de alunos. Esse crescimento surge em razão de uma ampliação do Ensino Superior de uma forma geral; entretanto, verificou-se um maior crescimento nos cursos de Administração. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), enquanto o número de matriculados no Ensino Superior aumentou em 62,2% entre os anos de 1996 e 2001, o curso de Administração teve um aumento de formandos de 83,3% de 1996 a 2002. De acordo com Pacheco e Ristoff (2004)PACHECO, E.; RISTOFF, D. I. Educação superior: democratizando o acesso. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2004. Série documental. Textos para discussão, n. 12., o mais recente censo da educação superior realizado no Brasil em 2003, pelo supracitado instituto, o curso de Administração de empresas possui o maior número de alunos matriculados, com 564.681 estudantes, que correspondem a 14,5% dos estudantes de nível superior do Brasil.

Diante do exposto, este artigo, de cunho exploratório-descritivo, tem como objetivo analisar os motivos que levam os alunos do Estado da Paraíba a cursar graduação em Administração.

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 ESCOLHA PROFISSIONAL

Super (1957SUPER, D. E. The psychology of careers. New York: Harper & Row, 1957., 1969______. Vocational development theory: Persons, positions, and processes. The Counseling Psychologist, v. 1, n. 2, p. 2-30, 1969., 1990)SUPER, D. E. (Org.). The life-span, life-space approach to career development. In: BROWN, D.; BROOKS, L. (Org.). Career choice and development. 2. ed. San Francisco: Jossey-Bass, 1990. define quatro modelos que, juntos, teriam a tarefa de desvendar, ao menos em parte, o comportamento vocacional de um indivíduo. São eles: o modelo de perspectiva diferencial, o modelo socioeconômico e ambiental, o modelo desenvolvimentista, e, finalmente, o modelo fenomenológico. Uma descrição mais detalhada e objetiva desses modelos será apresentada a seguir.

O primeiro modelo, relacionado com as concepções teóricas de Parsons (1909)PARSONS, F. Choosing a vocation. Boston: Houghton Mifflin, 1909., apóia-se numa psicologia diferencial dos indivíduos e das ocupações. É o modelo tradicional que Holland (1959HOLLAND, J. L. A theory of vocational choice. Journal of Counseling Psychology, v. 6, n. 5, p. 35-45, 1959., 1973______. Making vocational choices. Englewood Cliffs: Prentice-Hall, 1973., 1985______. Manual for the vocational preference inventory. Odessa: Psychological Assessment Resources, 1985., 1992______. Making vocational choices: a theory of vocational personalities and work environments. 2. ed. Odessa: Psychological Assessment Resources, 1992., 1996______. Exploring careers with a typology. Odessa: Psychological Assessment Resources, 1996., 1997)______. Making vocational choices: a theory of vocational personalities and work environments. 3. ed. Odessa: Psychological Assessment Resources, 1997. representa em sua forma contemporânea e segundo o qual se busca assegurar o homem certo no lugar certo por meio de uma análise das características do indivíduo e da profissão considerada.

Em relação ao segundo modelo, Bergeron (1998)BERGERON, M. Le cyberespace et la relation patient-médicin. Interface, v. 19, n. 2, p. 37-40, 1998., Bingham (1997)BINGHAM, W. C. Technology, social isolation, and career development. Educational and Vocational Guidance Bulletin, v. 60, n. 3, p. 46-56, 1997. e Brown et al. (1996)BROWN, M. T. et al. Social class, work, and retirement bahavior. Journal of Vocational Behavior, v. 49, n. 3, p. 159-189, 1996. falam sobre a influência dos fatores socioeconômicos, tecnológicos e ambientais, tais como a família, a escola, a comunidade, o grupo de pares, a sociedade, a economia, o mercado de trabalho, as políticas sociais e as experiências profissionais sobre o desenvolvimento de carreira. Por exemplo, segundo Super (1957)SUPER, D. E. The psychology of careers. New York: Harper & Row, 1957., a família contribui com o desenvolvimento das necessidades e dos valores, fornecendo à criança, ou ao adolescente, a possibilidade de adquirir informações e desenvolver habilidades que poderão ter uma importante influência no momento da tomada de decisão profissional por parte dos jovens. Apresenta-se, também, uma discussão dos fatores econômicos ligados ao desenvolvimento profissional: a lei da oferta e da procura, a tradição, os sindicatos e as organizações profissionais, o custo dos estudos, os ciclos econômicos, a tecnologia e, finalmente, a automatização.

O terceiro modelo, o da psicologia das carreiras, é aquele ao qual o nome de Super é mais popularmente associado: o das abordagens de desenvolvimento. Como refere Bujold (1989)BUJOLD, C. Choix professionnel et développement de carrière. Boucherville: Gaëtan Morin, 1989. e Bujold e Gingras (2001)BUJOLD, C.; GINGRAS, M. Choix professionnel et développement de carrière: théories et recherches. Boucherville: Gaëtan Morin, 2001., compilando as informações de Super (1990)SUPER, D. E. (Org.). The life-span, life-space approach to career development. In: BROWN, D.; BROOKS, L. (Org.). Career choice and development. 2. ed. San Francisco: Jossey-Bass, 1990., essa concepção propõe que o desenvolvimento vocacional é um processo contínuo, desde a infância até a velhice. O desenvolvimento é, geralmente, ordenado e previsível, assim como dinâmico, no sentido de que ele resulta da interação entre as características do indivíduo e as demandas da cultura, o que torna claro, também, o fato de tratar-se de um processo psicos-social.

O quarto e último modelo é denominado autoconceito, precisamente sistemas de autoconceitos profissionais. Segundo Super (1990)SUPER, D. E. (Org.). The life-span, life-space approach to career development. In: BROWN, D.; BROOKS, L. (Org.). Career choice and development. 2. ed. San Francisco: Jossey-Bass, 1990., o autoconceito profissional analisa os conjuntos de traços da pessoa diretamente ligados ao seu desenvolvimento profissional, sendo esses seus interesses, seus valores e suas aptidões. Tem um papel organizacional maior como guia do comportamento do indivíduo, mediante os estados e subestados do desenvolvimento vocacional. Dessa forma, ele escreveu: “formulando uma preferência vocacional, o indivíduo exprime uma idéia do tipo de pessoa que pensa ser; escolhendo uma profissão, ele atualiza seu autoconceito; progredindo numa carreira, ele se atualiza” (SUPER, 1963______. Vocational development in adolescence and early adulthood: tasks and behavior. In: SUPER, D. E. (Org.). Career development: self concept theory. New York: College Entrance Examination Board, 1963., p. 4).

A existência de uma significativa correlação entre a escolha profissional e a interferência dos pais passa a perder força, principalmente no aspecto atitudinal do processo decisório, produzido pela situação socioeconômica da família. A família, que exercia profunda influência na definição do papel social a ser pretensamente desempenhado pelo aluno por meio da escolha profissional, passa a dar lugar a outras formas de atitude para o processo decisório. O adolescente, que antes reproduzia ideais parentais, tomando-os como referencial para atitudes decisórias, sejam essas de aceitação sejam de negação imediata da premissa familiar, passa a receber influências externas ao grupo familiar. Pode-se identificar a relevância da meritocracia escolar na formação da identidade psicossocial dos adolescentes do Ensino Médio. A construção das representações sobre sucesso/fracasso escolar constitui-se em mecanismo de homogeneização das percepções de si mesmos, criando a situação ideal para que diferenças sejam anuladas em nome da garantia que transcende as diferenças: o ideal de mobilidade social.

Além disso, há também o fato de que a escolha da instituição de Ensino Superior recai sobre instituições privadas, que se caracterizam por praticar exames vestibulares menos seletivos e, na maior parte, pouco exigentes.

Santos e Sá (2001)SANTOS, M. L. da C.; SÁ, I. P. de. Perfil do estudante do UNIPÊ. Estudos Avançados em Administração, João Pessoa, v. 9, n. 1, p. 109-134, 2001., em seus estudos sobre o perfil dos estudantes de Administração na Paraíba, não distinguem homens e mulheres, pois seus resultados dividem-se em proporções praticamente iguais entre os sexos. Quando perguntados sobre o sentido subjetivo da escolha do curso, os respondentes justificam sua decisão por Administração, confessando tê-lo feito “por eliminação”, na ausência de alternativas mais atraentes entre os ramos universitários existentes; outros responderam “Eu preferi Administração que tem mais a ver com o negócio da família; eu via que meu pai gostava, e tal, então influenciou e eu fui fazer Administração”; “Eu, pra falar a verdade, fiz Administração por falta de opção, porque eu não sei o que eu quero fazer”; “Eu queria uma coisa mais ampla assim... nada ligada à Medicina, nada ligada à Engenharia, nada ligada à Humanidade, nada. Aí eu optei por Administração e nem fiz pesquisa, foi por exclusão”.

Nos casos em que justificativas para a opção pelo curso de Administração são fornecidas, os argumentos giram em torno de dois eixos. De um lado, são evocados aspectos objetivos, relacionados às características imputadas ao curso, em torno do qual paira um forte imaginário: o de ser um curso de fracas exigências acadêmicas. Mas também e, sobretudo, por ser um curso cujo conteúdo é de natureza muito geral, o que propiciaria certa maleabilidade, seja em termos de formação posterior seja em termos de atividade profissional futura. Assim, o conteúdo do curso é visto mais em sua função instrumental de adaptação do que em sua dimensão de desenvolvimento intelectual. De outro, os pesquisados, em sua maior parte, apontam razões do âmbito da individualidade (gosto, personalidade, vocação etc.) como responsáveis por sua opção com relação ao curso.

2.2 O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

No Brasil, em razão da necessidade de um estado intervencionista, regulador, nacionalista e desenvolvimentista, foram desenvolvidos núcleos de ensino de Administração, sendo o precursor o Instituto de Organização Racional do Trabalho, mais conhecido como Idort, em 1931; e o mais relevante, o Departamento da Administração do Serviço Público (Dasp), da Fundação Getúlio Vargas, criado em 1938.

Trevisan (apud BARBOSA, 2002BARBOSA, M. C. M. A formação do administrador de empresas na sociedade global: perspectivas e contradições do ensino de Filosofia e Ética. Campinas, 2002.) afirma que a primeira instituição de Ensino Superior em Administração foi criada em 1941, em São Paulo, a Escola Superior de Administração de Negócios (Esan), fundada pelo padre Sabóia de Medeiros, baseada no modelo da Graduate Scholl of Business Administration da Universidade de Harvard, sendo reconhecida pelo Ministério da Educação apenas em 1961.

Atualmente, coexistem no mercado de graduação em Administração diversos formatos de cursos. Raros, porém subsistindo, alguns cursos com cinco anos de duração convivem com a grande maioria de cursos de quatro anos. No entanto, com as novas diretrizes curriculares, surgem cursos de graduação de três anos, que em alguns casos coexistem com os seqüenciais de dois anos. Acrescenta-se a essa diversidade de cursos os de Tecnólogo em gestão, que fornecem um certificado de graduação em Administração após dois anos.

Em conseqüência, os exames vestibulares vêm causando discriminação social em duas direções, independentemente de a Instituição de Estudo Superior (IES) ser pública ou particular. Primeiro, porque privilegiam as classes mais abastadas, que podem assegurar a seus filhos um ensino secundário melhor e, assim, proporcionar-lhes uma escolha profissional que leve em conta a sua vocação profissional. Segundo, porque discriminam as classes mais carentes, pois seus filhos, para assegurar admissão ao Ensino Superior, são levados a competir em cursos de menor concorrência, deixando de lado suas vocações, fato que tem provocado, nessas classes, elevada evasão escolar e formação de profissionais com perfil inadequado ao exercício da profissão para a qual foram diplomados. Análise histórica feita por Sturion (2001)STURION, L. Um instrumento de seleção e classificação de candidatos à admissão a uma instituição de ensino superior. Florianópolis, 2001. Tese (Doutorado em Engenharia da Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina. mostrou que os exames vestibulares têm provocado tal discriminação social, pois é um processo de admissão ao Ensino Superior socialmente injusto que seleciona na direção das classes sociais mais abastadas. Essa discriminação social é fortemente caracterizada pela associação observada entre as notas obtidas pelos candidatos nos exames vestibulares e o seu nível socioeconômico, fato que comprova a existência de forte pré-seleção social na admissão ao Ensino Superior (cf. Sturion, 2001STURION, L. Um instrumento de seleção e classificação de candidatos à admissão a uma instituição de ensino superior. Florianópolis, 2001. Tese (Doutorado em Engenharia da Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina.).

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa classifica-se, quanto aos fins, como exploratória e descritiva, e, quanto aos meios, como uma pesquisa de campo. O presente trabalho foi desenvolvido na perspectiva quantitativa. O universo foi composto pelos alunos matriculados no curso de graduação em Administração ofertado pelas IES do Estado da Paraíba, quais sejam: Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); Centro Universitário de João Pessoa (Unipê); Instituto de Ensino Superior do Estado da Paraíba (IESP); e Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa), totalizando 3.482 alunos, sendo 1.953 de IES pública e 1.529 de IES privada, conforme Quadro 1.

QUADRO 1
UNIVERSO E AMOSTRA DA PESQUISA

Identificada a população, para o cálculo da amostra foi considerado nível de confiança de 97% e erro não superior a 4%. Depois de encontrado o tamanho da amostra de 619 alunos (sendo 399 de IES pública e 220 de IES privada), foi aplicada a amostragem aleatória estratificada não proporcional ao tamanho dos estratos.

O método escolhido para a coleta de dados foi a entrevista pessoal, estruturada em um roteiro previamente elaborado. As entrevistas tinham por finalidade solicitar aos alunos das duas instituições o preenchimento de um questionário, que serviu de base para a análise dos dados. O questionário contém 53 questões, sendo divididas em questões de múltipla escolha e questões com avaliações por uma escala tipo Likert.

Para análise dos dados, utilizou-se o programa estatístico SPSS (Statistical Package of Social Science), em que foram realizadas distribuições de freqüências e os testes não paramétricos de Mann-Whitney e Qui-quadrado de Pearson, com o objetivo de verificar o grau de concordância das respostas dos estudantes das instituições públicas e privadas. Para que houvesse aceitação de convergência entre ambas (hipótese nula), era necessário que o alpha de ambos os testes fosse superior a 0,05, nível de significância adotado na presente pesquisa. Com valores inferiores ao nível crítico, rejeita-se a hipótese nula, concluindo-se que existe divergência entre as respostas das instituições pesquisadas.

Nas tabelas de contingência 2x2 (com 1 grau de liberdade), como nossa amostra é maior que 40, utilizou-se o Qui-quadrado com correção de continuidade. Nas tabelas de contingência com grau de liberdade maior do que 1, o teste Qui-quadrado somente pode ser utilizado se o número de células com freqüência inferior a 5 for inferior a 20% do total das células e se nenhuma célula for inferior a 1 (SIEGEL, 1975SIEGEL, S. Estatística não-paramétrica para as ciências do comportamento. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975.). Portanto, efetuaram-se ajustes nas tabelas em que ocorria o mencionado, no intuito de não violar os pressupostos do teste.

4 ANÁLISE DOS DADOS

Com relação ao gênero, o perfil da amostra das IES públicas e privadas apresentou uma predominância de indivíduos do sexo masculino, com porcentuais de 55,5% e de 52,5%, respectivamente. No que tange a faixa etária, observou-se também uma homogeneidade dos perfis das amostras, com alunos entre 18 e 23 anos, representando mais da metade de ambas as amostras, tendo as IES públicas 58,8% dos alunos nesse perfil e as IES privadas, 54,3%. Com relação à renda familiar, as amostras também apresentaram-se homogêneas, com a maioria dos alunos apresentando renda inferior a 11 salários mínimos, 72% no caso das IES públicas e 57,3% nos das IES privadas. Os alunos de ambas as instituições apresentaram perfil semelhante, no que se refere ao estado civil. De acordo com a amostra pesquisada, 89% dos alunos das IES públicas e 81,7% das IES privadas são solteiros. A indicação religiosa também apresentou relação entre as amostras pesquisadas, pois 66,2% e 74,5% dos alunos das IES públicas e privadas, respectivamente, são católicos.

Com relação à forma de ingresso, constatou-se a predominância de acesso ao curso de graduação em Administração mediante o processo de vestibular em ambas as instituições, com 97% nas IES públicas e 90,7% nas IES privadas. Uma vez que o nível de significância para o teste Qui-quadrado de Pearson foi de 0,002, inferior ao nível crítico, rejeita-se a hipótese nula, concluindo-se que existe divergência nas respostas das instituições públicas e privadas (Quadro 2).

QUADRO 2
FORMA DE INGRESSO NA UNIVERSIDADE

Ressalta-se que a opção “Outra forma”, constante no Quadro 2, representa a junção das opções transferidos e graduados. Tal procedimento foi feito visando-se não violar os pressupostos do teste Qui-quadrado. Como se tratava de uma tabela com 2 graus de liberdade, 20% das células não poderiam ser inferior a 5 e nenhuma célula inferior a 1 (SIEGEL, 1975SIEGEL, S. Estatística não-paramétrica para as ciências do comportamento. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975.). Contudo, das freqüências observadas na referida opção, apenas três eram da opção graduado - duas das IES públicas e uma das IES privadas -, sendo o restante transferido. Com o ajuste, a tabela passou a ser uma 2x2, com 1 grau de liberdade. Como nossa amostra é maior que 40, utilizou-se o Qui-quadrado com correção de continuidade (SIEGEL, 1975SIEGEL, S. Estatística não-paramétrica para as ciências do comportamento. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975.).

Em relação ao número de vestibulares realizados pelos atuais alunos em Administração, o perfil predominante de ambas as instituições é semelhante, constatando-se que 80,3% dos alunos das IES públicas e 76,7% dos alunos das IES privadas realizaram até dois processos seletivos (vestibular). Uma vez que o nível de significância para o teste Qui-quadrado de Pearson foi de 0,215, superior ao nível crítico, não se pode rejeitar a hipótese nula, concluindo-se que existe convergência entre as respostas das instituições públicas e privadas (Quadro 3).

QUADRO 3
NÚMERO DE VEZES QUE PRESTOU VESTIBULAR

Quanto à escolha do curso na realização do primeiro vestibular, verificou-se que 59,5% dos alunos das IES públicas e 52,9% das IES privadas prestaram seu primeiro vestibular para o curso de Administração como primeira opção, o que representa um baixo porcentual de alunos que tinham certeza da sua escolha profissional. Desse modo, observa-se um elevado porcentual de alunos que prestaram o seu primeiro vestibular para outros cursos, revelando que esses foram frustrados em relação à sua primeira opção de carreira, resolvendo, assim, migrar para o curso de Administração. Um dado relevante encontrado foi que os atuais alunos de Administração, tanto das IES públicas quanto das privadas, que não tentaram esse curso no seu primeiro vestibular (fizeram o seu primeiro vestibular para outra área de conhecimento), tinham o curso de Direito como sua primeira opção.

Em se tratando do local onde foi cursado o Ensino Médio, existe diferença entre as amostras estudadas, pois 23,8% dos alunos das IES públicas e 16,9% dos alunos das IES privadas cursaram o Ensino Médio totalmente em escolas públicas. Quando se leva em consideração a realização do Ensino Médio em escolas particulares, o porcentual é de 67,5% e 77,6%, respectivamente. Uma vez que o nível de significância para o teste Qui-quadrado de Pearson foi de 0,028, inferior ao nível crítico, rejeita-se a hipótese nula, concluindo-se que existe divergência entre as respostas das instituições públicas e privadas (Quadro 4).

QUADRO 4
ORIGEM DO ENSINO MÉDIO

Quanto à realização de curso preparatório para o vestibular, verificou-se que 53,8% dos alunos das IES públicas e 47,7% dos alunos das IES privadas realizaram cursos preparatórios para o vestibular. Uma vez que o nível de significância para o teste Qui-quadrado de Pearson foi de 0,176, superior ao nível crítico, não se pode rejeitar a hipótese nula, concluindo-se que existe convergência entre as respostas das instituições públicas e privadas (Quadro 5).

QUADRO 5
REALIZAÇÃO DE CURSO PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR

Ao serem avaliadas as causas da escolha do curso superior, 69,8% dos alunos das IES públicas e 77,5% dos alunos das IES privadas informaram que em sua opinião era mais importante realizar um curso superior na área pela qual têm interesse do que realizar um curso que garantisse maiores chances de emprego. Tendo em vista que o nível de significância para o teste Qui-quadrado de Pearson foi de 0,048, inferior ao nível crítico, rejeita-se a hipótese nula, concluindo-se que existe divergência entre as respostas das instituições públicas e privadas (Quadro 6).

QUADRO 6
MOTIVOS DA ESCOLHA DO CURSO SUPERIOR

Questionados sobre a razão que os levaram a realizar um curso superior, 86,3% e 88,5% dos alunos das IES públicas e privadas, respectivamente, informaram que tinham como principal objetivo a obtenção de uma formação para o desempenho de uma futura profissão; 13,7% dos alunos das IES públicas e 11,5% dos alunos das IES privadas responderam que estavam realizando um curso universitário com o objetivo de obter uma formação completa. Uma vez que o nível de significância para o teste Qui-quadrado de Pearson foi de 0,514, superior ao nível crítico, não se pode rejeitar a hipótese nula, concluindo-se que existe convergência entre as respostas das instituições pesquisadas (Quadro 7).

QUADRO 7
RAZÕES PARA REALIZAR CURSO SUPERIOR

Ressalte-se que a opção “Educação completa”, constante no Quadro 7, representa a junção das opções “Educação completa” e “Conhecer a vida de estudante”. Foram adotados os mesmos procedimentos feitos no Quadro 1 (não violar os pressupostos do teste Qui-quadrado). Contudo, das freqüências observadas na referida opção, apenas três eram da opção “Conhecer a vida de estudante”, sendo duas das IES públicas e uma das IES privadas.

Ao serem questionados sobre a razão que os levaram a escolher o curso de administração, 74% dos alunos das IES públicas e 64,3% dos alunos das IES privadas informaram que sempre pensaram em fazer Administração, enquanto 19,9% e 23% dos alunos das respectivas instituições informaram que optaram por Administração por não se sentirem preparados para enfrentar a concorrência do curso que desejavam. A escolha do curso pelo histórico de baixa concorrência no processo seletivo foi de 2,9% nas IES públicas e de 8,2% nas IES privadas. Por fim, 3,2% dos alunos das IES públicas e 4,6% dos alunos das IES privadas fizeram tal escolha pela falta de condições financeiras para se prepararem para a seleção do curso que pretendiam realizar. Tendo em vista que o nível de significância para o teste Qui-quadrado de Pearson foi de 0,019, inferior ao nível crítico, rejeita-se a hipótese nula, concluindo-se que existe divergência entre as respostas das instituições públicas e privadas (Quadro 8).

QUADRO 8
RAZÕES QUE LEVOU A ESCOLHER O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Com relação à orientação vocacional para a escolha do curso, 16,3% dos alunos das IES públicas e 29,1% dos alunos das IES privadas informaram que se sentiam suficientemente orientados sobre o curso, ao passo que apenas 6,8% e 12,2% dos alunos, respectivamente, julgavam insuficiente a orientação recebida, e 29,5% e 20,9% se julgavam apenas basicamente informados sobre o curso. Tal questionamento apresentou um alpha de 0,130 pelo teste estatístico não paramétrico de Mann-Whitney. Tendo em vista que o nível de significância do teste calculado é superior ao nível crítico, não se pode rejeitar a hipótese nula, concluindo-se que as respostas médias das instituições públicas e privadas são iguais (Quadro 9).

QUADRO 9
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL PARA ESCOLHA DO CURSO

Os pesquisados fizeram uma avaliação da importância das fontes de informação utilizadas para a escolha do curso que pretendiam seguir, sendo utilizado o teste de Mann-Whitney para a obtenção do alpha.

De acordo com as fontes de informação para a escolha da profissão, observou-se que os alunos das IES públicas classificaram como a fonte de informação mais importante as revistas e os livros sobre Administração: 53,8% classificaram esse item como de muita ou total importância, seguida pela experiência de trabalho própria (43,3%) e guia de curso (43%). Já para os alunos das IES privadas, a fonte de informação mais importante foi a experiência de trabalho própria, com 60% dos alunos classificando esse item como de muita ou total importância, seguida pelas revistas e pelos livros sobre Administração (54,7%), guia de curso (40,9%) e pais e parentes (49,2%).

Quanto às fontes de informação menos importantes, pode-se observar que os alunos, tanto das IES públicas quanto das IES privadas, não consideraram importantes ou consideraram pouco importantes as informações obtidas do cônjuge (84,3% nas IES públicas e 74,6% nas IES privadas), as obtidas no Ensino Médio, passadas pelos professores (66,3% nas IES públicas e 68,3% nas IES privadas), e as experiências das pessoas que cursam ou concluíram o curso de Administração (62,6% nas IES públicas e 55,3% nas IES privadas).

O Quadro 10 mostra que não existe relação nas respostas da maioria dos itens, com nível de significância calculado inferior ao nível crítico, ressaltando os itens amigos, professores, orientação, guia de curso e revistas e livros sobre Administração, que apresentaram nível de significância superior ao nível crítico, não se podendo rejeitar a hipótese nula, concluindo-se que respostas médias das instituições públicas e privadas são iguais.

QUADRO 10
FONTES DE INFORMAÇÃO PARA ESCOLHA DO CURSO

Quando questionados se estudar Administração possibilitaria a oportunidade de seguir a carreira desejada, 90,1% dos pesquisados nas IES públicas e 89,4% nas IES privadas concordaram que o curso possibilitava essa oportunidade, havendo convergência nas respostas das duas amostras pesquisadas, pois o teste Qui-quadrado de Pearson apresentou um nível de significância de 0,906, superior ao nível crítico (Quadro 11).

QUADRO 11
O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO POSSIBILITA SEGUIR A CARREIRA DESEJADA?

Os alunos do curso de Administração pesquisados avaliaram o grau de importância de vários aspectos para a decisão da escolha do curso superior. Dentre os itens pesquisados, os seguintes apresentaram níveis de significância, calculados pelo teste não paramétrico de Mann-Whitney, inferior ao nível crítico, rejeitando-se a hipótese nula, concluindo-se que as respostas médias das instituições pesquisadas não são iguais: contribuição para mudanças sociais; sentimento de ajudar aos outros; influência dos amigos; profissão segura; por acaso; treinamento científico sólido; falta de interesse específico; e experiências anteriores. Os demais itens apresentaram nível de significância superior ao nível crítico, não se podendo rejeitar, portanto, a hipótese nula, e concluindo-se que as respostas médias das instituições pesquisadas são iguais (Quadro 12).

QUADRO 12
ASPECTOS IMPORTANTES PARA ESCOLHA DO CURSO

Dentre os itens pesquisados, houve alguns que receberam altos índices de concordância (concordar totalmente ou em parte), valendo destacar os seguintes: 83,8% dos alunos das IES públicas e 79,2% dos alunos das IES privadas informaram que o interesse pela área era de suma importância para a escolha do curso; 77,2% dos graduandos das IES públicas e 78,2% dos graduandos das IES privadas concordaram no aspecto que a área oferece um desenvolvimento pessoal satisfatório; tal patamar foi de 74,8% nas IES públicas e de 77,2% nas IES privadas, no quesito que se refere à inclinação ou talento. Já para 68,2% dos alunos das IES públicas e para 70,8% dos alunos das IES privadas, o fato de o curso de Administração ser a profissão desejada era importante na escolha do curso. Por fim, os futuros administradores avaliaram o item que tratava da possibilidade de obter uma formação generalista com o curso, observando-se um porcentual de 60% nas IES públicas e de 63,4% IES privadas.

Em contrapartida, alguns itens receberam uma avaliação negativa em relação à importância na escolha do curso de Administração (discordam em parte ou discordam totalmente), quais sejam: “Influência dos amigos”, em que 71,6% dos alunos das IES públicas e 62,6% das IES privadas discordaram que esse item influenciou na escolha do curso; “Falta de interesse específico” recebeu avaliação negativa, com influência para a decisão, com porcentuais de 72,2% nas IES públicas e 61,0% nas IES privadas; a “Falta de opção” foi classificada como discordante por 67,4% dos alunos das IES públicas e por 65,4% dos alunos das IES privadas; no item que coloca o curso como de baixa pressão e exigência de estudos, 68,9% dos graduandos das IES públicas e 61,5% nas IES privadas discordaram que esse seja o motivo que os fizeram escolher o curso. Por fim, para 65,2% dos alunos pesquisados das IES públicas e 59,0% das IES privadas, a escolha do curso não se deu mais ou menos por acaso.

Foi abordada a temática de qual área do curso de Administração os alunos possuíam mais interesse, entre Recursos Humanos, Marketing, Finanças, Sistemas de Informação, Logística, Hospitalar, Pública e Produção. Realizou-se o teste não paramétrico de Mann-Whitney, com o objetivo de verificar o grau de concordância entre as duas amostras. O único item que apresentou significância abaixo do nível crítico foi Recursos Humanos, em razão de um alto interesse por parte da amostra das IES privadas (72,9%), em comparação com os índices obtidos pelas IES públicas (53,2%), rejeitando-se, portanto, a hipótese nula, concluindo-se que as respostas médias das instituições pesquisadas não são iguais. Os demais itens apresentaram nível de significância superior ao nível crítico, não se podendo rejeitar, portanto, a hipótese nula, e concluindo-se que as respostas médias das instituições pesquisadas são iguais (Quadro 13).

QUADRO 13
ÁREAS DE INTERESSE

Observou-se que as áreas que despertam maior interesse nos alunos de graduação em Administração são: Marketing com 68,1% de interesse nas IES públicas e 69,4% nas IES privadas; Recursos Humanos com 53,2% nas IES públicas e 72,9% nas IES privadas; e Finanças com 44,5% nas IES públicas e 42,6% nas IES privadas. Já na área de Administração hospitalar, os alunos mostraram um desinteresse de 59,3% nas IES públicas e de 52,5% nas IES privadas.

Finalizando, foi feita uma argüição aos alunos de qual atividade acadêmica eles haviam realizado antes de ingressar no curso. A maioria dos alunos era concluinte do Ensino Médio, com 67,9% nas IES públicas e 76,3% nas IES privadas. As respostas obtidas obtiveram um alpha para o teste Qui-quadrado de Pearson de 0,133, não se pode rejeitar a hipótese nula, concluindo-se que existe convergência entre as respostas das instituições pesquisadas (Quadro 14).

QUADRO 14
ATIVIDADES REALIZADAS ANTES DE INICIAR O CURSO

5 CONCLUSÃO

Este artigo teve por objetivo analisar os motivos que levam os alunos do Estado da Paraíba (PB) a cursar graduação em Administração.

Constatou-se, havendo convergência nas respostas das instituições públicas e privadas, que grande parte dos alunos pesquisados teve acesso ao curso de Administração via vestibular, realizando até dois vestibulares, antes do seu ingresso, e com realização de curso preparatório para tal fim. Observou-se, também, que a maioria prestou seu primeiro vestibular para o curso de Administração, com o curso de Direito sendo o mais procurado por aqueles que não escolheram o curso de Administração como primeira opção. Verificou-se, ainda, que grande parte dos alunos, tanto das IES públicas quanto das IES privadas, cursou o Ensino Médio em escola particular, havendo convergência nas respostas.

Ao avaliarem-se as causas da escolha do curso, observou-se convergência nas repostas das IES públicas e privadas, quando os alunos informaram que era mais importante realizar um curso que garantisse maiores chances de emprego, sendo a obtenção de uma formação para o desempenho de uma futura profissão a principal razão que os levaram a cursar Administração. Constatou-se, também, que os alunos se sentiam suficientemente orientados sobre o curso.

As fontes de informação utilizadas para a escolha do curso mais importantes apontadas pelos alunos foram as revistas e os livros sobre Administração, e as menos importantes, as informações obtidas pelos professores, orientadores de profissão e as experiências das pessoas que concluíram o curso. Ressalte-se que não houve convergência nas respostas nos itens pais e parentes, cônjuge, concluintes, imprensa escrita, imprensa eletrônica e experiência de trabalho própria. Dessa forma, conclui-se que o jovem ou adolescente escolhe o curso de Administração com base em valores pessais absorvidos por meio de fontes de informações obtidas individualmente.

Constatou-se, existindo convergência nas respostas, que os itens mais importantes para a escolha do curso de Administração foram “Interesse pela área”, “Desenvolvimento profissional satisfatório”, “Posição profissional segura e obtenção de uma formação generalista”. Os itens menos importantes foram “Influência dos amigos”, “Falta de opção”, “Curso de baixa pressão” e “Exigência”.

Por fim, constatou-se que as áreas que mais despertam interesse nos alunos pesquisados são Marketing, Finanças e Recursos Humanos. No entanto, não se observou convergência nas respostas na área de Recursos Humanos.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    31 Ago 2020
  • Data do Fascículo
    May-Jun 2007

Histórico

  • Recebido
    15 Maio 2007
  • Aceito
    03 Ago 2007
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