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Transplante renal em pacientes infectados pelo HIV

Este artigo de revisão tem como objetivo apresentar as principais considerações sobre o transplante renal em pacientes HIV positivos. Na última década, com o advento da terapia antirretroviral de alta atividade (Highly Active Antiretroviral Therapy - HAART), a evolução dos pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (Human Immunodeficiency Virus - HIV) mudou significativamente, com uma acentuada diminuição das taxas de morbimortalidade nesta população. Neste contexto, o número de pacientes HIV positivos com doença renal crônica com necessidade de terapia dialítica vem aumentando progressivamente. Diante desta nova realidade, o transplante renal, antes considerado uma contraindicação absoluta para tais pacientes, passou a ser considerado uma alternativa de terapia substitutiva da função renal. Questões sobre o uso de imunossupressores neste grupo de pacientes e sua possível ação aumentando a replicação do HIV, além do risco de infecções oportunistas e de desenvolvimento de neoplasias, são amplamente discutidas. Porém, a experiência clínica nessa área mostra que a utilização dessas drogas para pacientes soropositivos parece ser segura, inclusive com relatos de ação antirretroviral de algumas das drogas imunossupressoras. Apesar disso, ainda hoje existem poucos relatos de transplantes nesta população. Em resumo, os dados da literatura sugerem que o transplante renal, seguindo critérios de seleção dos pacientes, parece ser uma alternativa segura como terapia de substituição renal em pacientes HIV positivos.

HIV; transplante; insuficiência renal; agentes anti-HIV; imunossupressão


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