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Violence and sexually transmitted infections in pregnancy

RESUMO

OBJETIVO:

Sintetizar o conhecimento produzido em estudos sobre a associação entre violência e IST na gestação.

MÉTODOS:

Nesta revisão sistemática, envolvemos as atividades básicas de identificação, compilação e registro dos ensaios. Os instrumentos de coleta de dados foram os estudos que investigaram, explicitamente, as relações entre violência e gestação e IST, no período de julho de 2012 a julho de 2017, utilizando PubMed, Biblioteca Cochrane, SciELO e Lilacs.

RESULTADOS:

Ao todo, 26 artigos foram escolhidos para formar a base da análise deste estudo. A relação entre violência e IST foi observada em 22 dos 26 estudos, sendo que em oito deles a violência foi praticada durante o período de gestação. Em dois estudos, não houve evidências dessa relação. Em um estudo, a falta de cuidados com a IST foi atribuída ao despreparo dos profissionais de saúde. Transtornos mentais foram citados como resultantes de IST em três artigos e em outro como resultado de violência. Um estudo encontrou violência mais frequente contra adolescentes, enquanto outros dois citaram a gestação como um fator de proteção.

CONCLUSÕES:

A VPI combina características que possuem uma expressão diferenciada quando a mulher está no período gestacional. A literatura aponta para uma relação entre a VPI contra as mulheres e a presença de IST. O acompanhamento da gravidez, seja no pré-parto, seja no pós-parto, oferece oportunidades únicas para o profissional de saúde identificar situações de violência e, assim, prestar assistência.

PALAVRAS-CHAVE:
Violência contra as mulheres; Infecções sexualmente transmissíveis; Gravidez; Aborto; Natimorto; Ofensas sexuais

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